FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp
FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp
FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
alteração neste exame (cerca <strong>de</strong> 50% da amostra).<br />
Por outro lado, os valores médios das enzimas TGO e TGP se<br />
encontravam acima dos limites <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>, mas com menores percentuais <strong>de</strong><br />
alteração (cerca <strong>de</strong> 36% para a TGO e 17% para a TGP). Isso indica, como discutido<br />
na introdução, um início <strong>de</strong> lesão hepática.<br />
Os valores das enzimas GGT, TGO e TGP <strong>de</strong>sses e <strong>de</strong> outros<br />
pacientes atendidos no Centro <strong>de</strong> Pesquisa em Psicobiologia Clínica do Departamento<br />
<strong>de</strong> Psicobiologia da Escola Paulista <strong>de</strong> Medicina foram objeto <strong>de</strong> análise na tese <strong>de</strong><br />
Mestrado "Fatores Correlacionados com as Alterações das Enzimas Hepáticas em<br />
Depen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Álcool" (Rieck, 1991). Nessa tese foram analisados os fatores que<br />
influenciam as alterações enzimáticas nesse tipo <strong>de</strong> população.<br />
Em resumo, observou-se que as enzimas hepáticas GGT, TGO e<br />
TGP apresentam correlação, em pacientes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes somente <strong>de</strong> álcool, com o<br />
padrão <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas (que foi subdividido em grupos <strong>de</strong><br />
abstêmios, bebedores ocasionais, <strong>de</strong> finais <strong>de</strong> semana, em episódios, freqüentes e<br />
diários). Por outro lado às enzimas GGT e TGO se correlacionaram também com a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> doses ingeridas na semana, com o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência pelo DSM III-<br />
R e com a ingestão para alívio dos sintomas <strong>de</strong> abstinência avaliada pela questão<br />
número 10 do SADD (ver anexos). A porcentagem <strong>de</strong> exames alterados naquela<br />
amostra foi <strong>de</strong> 55% para a GGT; <strong>de</strong> 39% para a TGO e <strong>de</strong> 34% para a TGP.<br />
Esse mesmo estudo foi realizado nos pacientes que usam outras<br />
drogas psicotrópicas, assãociadas ou não ação álcool. Neste grupo foi observado que<br />
a GGT se correlaciona bem com o padrão <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> álcool e com a presença <strong>de</strong><br />
sintomas <strong>de</strong> abstinência ação álcool avaliada pela questão número 11 do SADD. A<br />
porcentagem <strong>de</strong> exames alterados nesse grupo <strong>de</strong> pacientes foi: para a GGT <strong>de</strong> 57%,<br />
para a TGO <strong>de</strong> 44% e para a TGP foi <strong>de</strong> 37%.<br />
Por outro lado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da forma <strong>de</strong> análise (proporção <strong>de</strong><br />
pacientes com valores anormais; comparação <strong>de</strong> valores médios ou correlação entre<br />
níveis enzimáticos e os diferentes valores estudados) conclusões diferentes po<strong>de</strong>m ser<br />
obtidas a partir dos mesmos dados. Isto <strong>de</strong> certa forma, explica a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
conclusões sobre este tema, observada na literatura.<br />
2.2.2 AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE DROGAS NA URINA<br />
2.2.2.1 Álcool: Em <strong>de</strong>sacordo crença habitual sobre a gran<strong>de</strong> freqüência com que<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> álcool e outras drogas negam seu consumo, poucos foram os<br />
pacientes que o fizeram neste estudo. Desta forma, como po<strong>de</strong> ser vista na tabela 3.3,<br />
dos 32 pacientes on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>tectado algum nível <strong>de</strong> álcool na urina, nenhum havia<br />
negado algum consumo. No entanto, quatro <strong>de</strong>les (12,5%) relataram que este<br />
consumo foi h mais <strong>de</strong> uma semana. Como nestes pacientes a leitura do teste acusou<br />
o mínimo grau, existe tanto a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um erro <strong>de</strong> metodologia como a <strong>de</strong> um<br />
relato falso. Estes pacientes se distribuíram igualmente pelos dois grupos<br />
terapêuticos.<br />
TABELA 3.3<br />
PDF Creator - PDF4Free v2.0<br />
http://www.pdf4free.com