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FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

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1.3 ANÁLISE DOS DADOS: O valor objetivo do teste, isto é, a pontuação, <strong>de</strong>ve ser<br />

consi<strong>de</strong>rado indicador do problema abordado e não como um valor absoluto. Quando<br />

avaliamos os resultados em termos <strong>de</strong> pontuações, é preciso ter em mente que esse<br />

valor apenas uma expressão numérica <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado comportamento. A avaliação<br />

quantitativa <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada um instrumento auxiliar na formação <strong>de</strong> uma visão<br />

globalizada e integrada <strong>de</strong> certa esfera do comportamento, complementando e<br />

proporcionando possíveis ajustes, distorções e interpretações <strong>de</strong> uma avaliação<br />

unicamente qualitativa.<br />

1.4 DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS: A <strong>de</strong>volução dos resultados <strong>de</strong>ve ser<br />

feita pelo mesmo examinador, ou profissional qualificado e autorizado para esta<br />

tarefa. Esta é uma fase <strong>de</strong>licada e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no fechamento da<br />

Avaliação Cognitiva.<br />

Quando se fornece ao indivíduo o resultado <strong>de</strong> um teste psicológico é<br />

preciso estar atento à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos para aconselhamento, caso ocorram<br />

distúrbios emocionais com o conhecimento do resultado. Mesmo quando o teste é<br />

aplicado com exatidão, corrigido e interpretado a<strong>de</strong>quadamente, o conhecimento <strong>de</strong><br />

um resultado não satisfatório, transmitido <strong>de</strong> maneira ina<strong>de</strong>quada, po<strong>de</strong> ser<br />

prejudicial à auto-estima do indivíduo.<br />

2. AVALIAÇÃO COGNITIVA DE PACIENTES DEPENDENTES DE<br />

DROGAS, INCLUSIVE ÁLCOOL, NO PROJETO DE AVALIAÇÃO DA<br />

EFETIVIDADE DA INTERVENÇÃO BREVE.<br />

Como já referido, a preservação das funções cognitivas é um fator<br />

essencial para a participação num tratamento cujo mo<strong>de</strong>lo conceitual seja <strong>de</strong><br />

orientação cognitiva e comportamental, como é a proposta da Intervenção Breve<br />

(Sanchez-Craig e col, 1984).<br />

Essa técnica, <strong>de</strong>senvolvida no Addiction Research Foundation<br />

(Ontário, Canadá), visa levar o paciente a perceber que existem maneiras diferentes<br />

<strong>de</strong> enfrentar o problema do uso <strong>de</strong> drogas, e a partir disso, torná-lo capaz <strong>de</strong><br />

redimensionar sua experiência, em relação a droga (Sanchez-Craig e col., 1990).<br />

A efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta técnica começou a ser estudada no Brasil em<br />

outubro <strong>de</strong> 1988 no Centro <strong>de</strong> Pesquisa em Psicobiologia Clínica da Escola Paulista<br />

<strong>de</strong> Medicina, no projeto: "Efetivida<strong>de</strong> da Técnica <strong>de</strong> Intervenção Breve no tratamento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> álcool e outras drogas".<br />

A avaliação cognitiva, neste projeto, teve como objetivo principal à<br />

investigação do nível geral <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> intelectual dos pacientes. Eram consi<strong>de</strong>rados<br />

elegíveis, aqueles pacientes que já haviam sido entrevistados pela equipe <strong>de</strong> triagem,<br />

e preenchido os requisitos mínimos exigidos para admissão no programa. (Detalhes<br />

no capítulo 2).<br />

Nesta linha <strong>de</strong> trabalho, o <strong>de</strong>safio foi formular um programa <strong>de</strong><br />

avaliação cognitiva que pu<strong>de</strong>sse ser abrangente o suficiente para avaliar se o paciente<br />

estava apto cognitivamente para acompanhar a proposta terapeuta da técnica <strong>de</strong><br />

Intervenção Breve.<br />

De acordo com os principais objetivos do programa, a i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias para lidar a<strong>de</strong>quadamente<br />

com estas situações compunham o "pilar" fundamental da técnica. A partir <strong>de</strong>sta<br />

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