FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

ANEXO V
TRECHOS ESCOLHIDOS COMO EXEMPLOS
DOS RELATÓRIOS DE SESSÕES
1 SESSÃO - GRUPO "B" - P = PACIENTE
Às 10:00 h P1 havia chegado.
Às 10:07 h a sessão começa com P1 e P2.
P2 - Pede para fumar.
ML - Explica que não é permitido por causa do ar condicionado. "Como passaram?”.
P1 - Passei bem, relativamente bem exceto ontem, que tive uma
recaída. Eu pergunto, não é para não beber nunca mais? Cada vez que tomo um
copo me sinto o pior dos homens (por mim e pela mulher) é uma cada como uma
porretada...
ML - Acho que temos que nos organizar em função do que sentimos... Para o
senhor não ta fazendo bem, se houver uma forma de usar que esteja legal eu não
tenho exigências quanto à parada da bebida...
Entra P3 senta-se, desculpa-se pelo atraso, por causa do trânsito que o fez desviar do
caminho.
ML - (Pede que se apresentem).
P2 - (Fala da me que sempre foi assim).
ML - O problema é então sua mãe exploradora?
P2 - (Concorda).
ML - Barra não é?
P3 - (Fala prolixamente, com as mãos juntas por sobre o colo). "Tive um
episódio parecido quando era mais novo... éramos cinco irmãos... o mais novo era
protegido e não trabalhava e minha me protegia ele".
(o grupo comenta que, no caso, a mãe de P2 é a mais velha).
P2 - Ser do meio é a pior coisa.
P3 - Tenho este problema em casa. As mães acham as filhas mais amigas, mulher que
está grávida quer filha porque conversa mais... Filho vai embora, a filha faz
companhia.
ML - O problema básico é a mãe?
P3 - Eu não tenho este problema, minha mãe só protegia meu irmão, mas ele era mais
novo... Eu vou dizer, me considero um atleta como Pelé ou Biro-Biro.
ML - (Brinca dizendo): "Puxa temos uma pessoa importante no grupo!"
P3 - (Não se abala e continua no mesmo tom). Não! Digo em sua proporção. Pelo
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