FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

- discutir com o paciente sobre as diferenças documentadas entre a
maneira de beber de um alcoólatra e um consumidor social;
- instruir sobre como regular o beber: medindo doses, diluindo a bebida,
bebericando, espaçando as doses, não beber com o estômago vazio, etc.;
- instruir o paciente como se preparar para eventos de consumo, explicando
que durante o aprendizado de moderação não se pode ser espontâneo ou impulsivo, é
preciso se preparar planejando quantas doses vai tomar, estratégias que pode usar
para recusar bebida, etc.;
- enfatizar a importância do engajamento em atividades incompatíveis com
consumo excessivo, baseando-se no fato de que os que falharam na moderação não
tinham preenchido o tempo com outra coisa;
- avaliar o paciente, perguntando diretamente se ele está preparado para
essas atividades.
- todos estes aspectos estão resumidos no folheto RECOMENDAÇÕES
(anexo 5), que deve ser entregue ao paciente.
2.2.4 ESTRATÉGIAS PARA SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS
Objetivo: mostrar ao paciente como lidar efetivamente com as situações de risco,
situações novas decorrentes da meta e com as dificuldades de se engajar em
atividades que substituam o consumo.
As estratégias a serem empregadas podem ser de três ordens:
A. estratégias para lidar com problemas interpessoais;
B. estratégias para lidar com emoções negativas
C. estratégias para atingir a meta em longo prazo
Cada uma dessas estratégias tem os seguintes passos lógicos:
*identificação do problema: a definição da estratégia apropriada é feita a
partir da identificação da natureza do problema. É feita através de questionamento;
*consideração de interpretações alternativas: mostrar ao paciente que o
mesmo evento pode ter diversas interpretações, tornando assim o raciocínio do
paciente mais flexível. Exercita-se pedindo ao paciente para interpretar um mesmo
evento das mais variadas formas;
*formulação de enfrentamentos cognitivos e comportamentais: fazer com
que o paciente perceba que raciocínios diferentes levam a maneiras diferentes de
enfrentar o problema. Pedir ao paciente para considerar cada nova interpretação e
especificar se alguma declaração dele deriva lógica ou naturalmente daquela linha de
pensamento;
*seleção das mais promissoras respostas de enfrentamento: encontrar as
respostas que façam o paciente se sentir confiante. Isso é feito através de perguntas e
avaliação do grau de confiança do paciente;
*ensaio das respostas de enfrentamento selecionadas: preparação para uso
das respostas selecionadas. Isso é feito através de dramatização, discussão e
perguntas;
*uso e avaliação das respostas de enfrentamento: instruir o paciente a avaliar
a efetividade das respostas usadas, através de auto questionamento.
2.2.5 ORIENTAÇÃO PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
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