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FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

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entrevista inicial com o terapeuta para que se tentasse o estabelecimento <strong>de</strong> uma<br />

relação <strong>de</strong> vínculo. Nesta entrevista os pacientes recebiam os resultados <strong>de</strong> seus<br />

testes psicológicos e exames <strong>de</strong> laboratório através dos quais podiam discutir suas<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamento.<br />

Concordantes, quanto ao tratamento, o terapeuta propunha<br />

verbalmente ao paciente um "contrato <strong>de</strong> trabalho" que constava dos seguintes itens:<br />

1) data <strong>de</strong> início e <strong>de</strong> término do trabalho;<br />

2) dia e hora da sessão terapeuta;<br />

3) o cuidado <strong>de</strong> que os contatos com o terapeuta a partir daquele momento<br />

só se dariam <strong>de</strong>ntro do próprio grupo, sendo que em caso <strong>de</strong> urgência o paciente seria<br />

encaminhado ao psiquiatra que havia feito sua triagem;<br />

4) a recomendação <strong>de</strong> que os pacientes não se reunissem fora da<br />

Instituição ou fora do horário da terapia;<br />

5) a explicitação da proibição <strong>de</strong> se usar drogas <strong>de</strong>ntro da sessão ou <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> qualquer lugar na instituição - caso este fato ocorresse e fosse <strong>de</strong>tectado, o<br />

paciente teria seu tratamento encerrado;<br />

6) a garantia do sigilo profissional por parte do terapeuta e da instituição<br />

dos dados discutidos <strong>de</strong>ntro das sessões e o compromisso do terapeuta <strong>de</strong> não manter<br />

contatos com outros membros da família do paciente;<br />

7) entre os próprios pacientes, caso fosse seu <strong>de</strong>sejo, ele po<strong>de</strong>ria evitar<br />

revelar seu sobrenome ou dados <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> que consi<strong>de</strong>rasse comprometedores;<br />

8) o compromisso do terapeuta <strong>de</strong> não usar dados levantados <strong>de</strong>ntro da<br />

própria sessão para qualquer outro fim que não fosse o próprio tratamento (por<br />

exemplo informações sobre pontos <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> drogas e outras <strong>de</strong>núncias), assim<br />

como o terapeuta não se responsabilizava por qualquer ato cometido pelo paciente<br />

fora da instituição;<br />

9) a proposta <strong>de</strong> que o paciente compareça a todas as sessões marcadas e que<br />

diante <strong>de</strong> qualquer impedimento justifique sua falta diante da instituição, pois com<br />

três faltas seguidas sem justificativas fica subentendido que o paciente não tem<br />

interesse, no momento, em se tratar e ele é <strong>de</strong>sligado do grupo;<br />

10) a informação <strong>de</strong> que todas as sessões serão acompanhadas por outros<br />

três profissionais (os observadores) que permanecerão através do espelho da sala<br />

anotando dados quantitativos e qualitativos do <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> mostrar no final do tratamento o que observara sobre cada paciente e para<br />

discutir com o terapeuta sobre o <strong>de</strong>senvolvimento e andamento do próprio grupo;<br />

11) que o objetivo terapêutico é a discussão dos problemas que se colocam<br />

na vida <strong>de</strong>ssas pessoas, a partir <strong>de</strong> seu uso <strong>de</strong> drogas, através das inter-relações que se<br />

fizerem <strong>de</strong>ntro do grupo;<br />

12) que cada paciente <strong>de</strong>termina para si e po<strong>de</strong> expressar para o grupo o<br />

seu objetivo em relação ao uso da droga não existindo, da parte do terapeuta,<br />

nenhuma posição prévia quanto a obrigatorieda<strong>de</strong> da abstinência;<br />

13) que após o encerramento do trabalho no grupo o paciente ainda será<br />

solicitado para entrevistas <strong>de</strong> seguimento com outro profissional da equipe.<br />

Em seguida a esta entrevista o paciente era encaminhado para um grupo que<br />

obe<strong>de</strong>cia à seguinte estrutura formal:<br />

a) O tempo <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> cada grupo seria limitado a cerca <strong>de</strong> seis a<br />

oito meses sendo que nos dois primeiros meses o grupo funcionava como "grupo<br />

aberto" (recebendo pacientes novos ) e nos seis meses seguintes como "grupo<br />

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