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FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

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fechado" (nenhum paciente novo po<strong>de</strong>ria ingressar);<br />

b) cada grupo po<strong>de</strong>ria ter no máximo 10 pacientes e no mínimo 6, sendo<br />

que as reuniões só se iniciavam quando estavam presentes no mínimo dois pacientes<br />

e o grupo po<strong>de</strong>ria se encerrar antes do prazo <strong>de</strong>finido caso houvessem abandonos e<br />

permanecesse um único paciente (neste caso este paciente era encaminhado para<br />

outro grupo em formação);<br />

c) o trabalho com cada grupo era iniciado quando já existiam cinco<br />

pacientes agrupados para um mesmo horário;<br />

d) os grupos não eram separados por quantida<strong>de</strong> ou qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong><br />

drogas, mas eram cuidados no sentido <strong>de</strong> se ter em cada um <strong>de</strong>les pacientes dos dois<br />

sexos e <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s próximas. Isto era feito em função <strong>de</strong> agrupar pessoas<br />

semelhantes em relação aos interesses na vida. Não se colocavam no mesmo grupo<br />

pessoas que pu<strong>de</strong>ssem ter relacionamentos anteriores (pessoas <strong>de</strong> uma mesma<br />

empresa, amigos ou membros da mesma família).<br />

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO<br />

No período <strong>de</strong> 17/11/1988 a 07/11/1989 foram atendidos 66<br />

pacientes, distribuídos entre seis grupos, sendo que 18 <strong>de</strong>stes pacientes completaram<br />

o tratamento (anexo I). Cada grupo, <strong>de</strong>ntro do período previsto para o tratamento,<br />

teve no máximo 32 sessões (anexo II).<br />

Po<strong>de</strong>-se observar que as maiores <strong>de</strong>sistências ocorreram nas<br />

primeiras sessões, havendo quase 50% <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência nas quatro sessões iniciais. Dez<br />

pacientes <strong>de</strong>sistiram após a entrevista inicial com o terapeuta. Os pacientes que<br />

completaram o tratamento compareceram entre 18 e 30 sessões, sendo que a maioria<br />

compareceu em média a 25 sessões.<br />

Durante todas as sessões os observadores (como já referimos<br />

anteriormente) anotavam cursivamente o <strong>de</strong>senvolvimento das mesmas (anexo III) e<br />

no final do trabalho do grupo, entravam na última sessão e apresentavam seu trabalho<br />

discutindo com o grupo a evolução <strong>de</strong> cada paciente (anexo IV).<br />

Cada sessão obe<strong>de</strong>cia à seguinte seqüência:<br />

1) o grupo entrava quando era chamado pelo terapeuta que obe<strong>de</strong>cia<br />

rigidamente o horário marcado;<br />

2) o terapeuta iniciava a sessão perguntando sobre como haviam passado a semana,<br />

solicitando a todos os pacientes um pequeno relato;<br />

3) durante estes relatos surgia algum assunto emergente ou comum que continuava<br />

sendo discutido pelo grupo;<br />

4) as intervenções do terapeuta eram no sentido <strong>de</strong> promover relações entre os<br />

membros através do tema que estava sendo discutido, esclarecer dúvidas sobre a<br />

própria patologia, estimular a participação <strong>de</strong> todos, interpretar transferencialmente<br />

algum material no sentido <strong>de</strong> se fortalecer o vínculo dos pacientes com o terapeuta e<br />

<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong>r a vivência do grupo como uma repetição das vivências da vida <strong>de</strong>les<br />

próprios;<br />

5) nos últimos 15 minutos o terapeuta solicitava novamente a cada um dos<br />

pacientes para uma avaliação do trabalho daquela sessão, a partir <strong>de</strong> como haviam se<br />

sentido e quais os assuntos que haviam ficado pen<strong>de</strong>ntes. O terapeuta também fazia<br />

uma avaliação do trabalho no sentido <strong>de</strong> fechar a sessão, isto é, não <strong>de</strong>ixar que<br />

angústias levantadas fossem com o grupo sem qualquer assinalamento.<br />

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