FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp
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<strong>de</strong> reprodução aproximada por parte <strong>de</strong> outros pesquisadores. Este fundo representa,<br />
portanto, um complemento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a pesquisa <strong>de</strong> grupo. Ele não<br />
preten<strong>de</strong> ser padronizado, no sentido estrito da palavra, mas é razoavelmente<br />
constante e bem <strong>de</strong>finido <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certos limites flexíveis" (4).<br />
A partir dos anos 60 surge a Escola Francesa com os trabalhos <strong>de</strong><br />
Didier Anzieu, René Kaes, e outros ligados à escola psicoanalítica Lacaniana.<br />
Na América Latina, na década <strong>de</strong> 50 é que a psicoterapia <strong>de</strong> grupo<br />
toma impulso principalmente com o trabalho <strong>de</strong> Langer, Rodrigué e Grinberg (5).<br />
Como o trabalho <strong>de</strong> grupo estava ligado exclusivamente às instituições psicanalíticas,<br />
gran<strong>de</strong> foi a recusa dos terapeutas tradicionais. Só na década <strong>de</strong> 70 se conseguiu<br />
abalar este tradicionalismo e os psicólogos pu<strong>de</strong>ram entrar nas instituições<br />
psicanalíticas e criar cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> psicoterapia <strong>de</strong> grupo.<br />
No Brasil dois terapeutas se <strong>de</strong>stacam no atendimento, especialmente<br />
<strong>de</strong> alcoolistas em grupos terapêuticos - Sérgio <strong>de</strong> Paulo Ramos em Porto Alegre e<br />
Vicente Araújo em São Paulo.<br />
Sabemos que esta é as técnicas usadas <strong>de</strong>ntro das instituições públicas e<br />
privadas, mas sempre com o sentido <strong>de</strong> agrupar pessoas e não tratar pessoas em<br />
grupo. Vemos uma gran<strong>de</strong> diferença neste fato e pensamos que nele está contida a<br />
idéia <strong>de</strong> que "sempre melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada".<br />
Sabemos também do temor em agrupar usuários ou <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
drogas ilícitas e lidar com esta questão como psicoterapeuta, isto é, interessado no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do indivíduo <strong>de</strong>ntro dos seus próprios limites mais que no simples<br />
cumprimento da lei.<br />
Muitas questões ilegais são trazidas por nossos pacientes. E entre<br />
elas po<strong>de</strong>mos citar: adultério, roubos "ilícitos", etc... E não parece que os terapeutas<br />
se preocupem em enquadrar legalmente estes pacientes, mas sim lidar com suas<br />
representações mentais para que eles próprios se enquadrem. Por que não po<strong>de</strong> ser<br />
assim também o tratamento para os usuários da droga lícita e ilícita?<br />
Assim, a Psicoterapia <strong>de</strong> Grupo foi à técnica escolhida para formação<br />
do grupo controle no projeto <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Efetivida<strong>de</strong> da Técnica da "Intervenção<br />
Breve" <strong>de</strong>senvolvido no Centro <strong>de</strong> Pesquisa em Psicobiologia Clínica da Escola<br />
Paulista <strong>de</strong> Medicina. Os principais motivos que <strong>de</strong>terminaram esta escolha foram:<br />
a) O fato <strong>de</strong>la ser usada <strong>de</strong>ntro das instituições brasileiras como uma forma <strong>de</strong><br />
tratamento no problema das <strong>de</strong>pendências <strong>de</strong> drogas;<br />
b) O fato que po<strong>de</strong>ria ser adaptada às necessida<strong>de</strong>s da <strong>de</strong>manda que atendia também<br />
"Intervenção Breve" - portanto se a<strong>de</strong>quava como "Grupo Controle";<br />
c) era gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar a efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa técnica o que po<strong>de</strong>ria<br />
resultar em possíveis a<strong>de</strong>quações da própria técnica <strong>de</strong> Psicoterapia <strong>de</strong> Grupo no<br />
tratamento das <strong>de</strong>pendências químicas.<br />
Por se consi<strong>de</strong>rar que neste tipo <strong>de</strong> abordagem terapeuta o vínculo<br />
com o terapeuta influiria no processo, optou-se por fazer o atendimento <strong>de</strong> todos os<br />
grupos pelo mesmo profissional.<br />
A CHEGADA DO PACIENTE AO GRUPO - A ESTRUTURA FORMAL DA<br />
CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS.<br />
Os pacientes encaminhados para a PG eram agendados para uma<br />
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