FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

fundamental que o paciente tenha pleno conhecimento do que pode esperar de seu
terapeuta e o que o seu terapeuta espera dele.
Da mesma maneira, quando discutimos com o paciente sobre a
etiologia do seu problema, ns apresentamos uma hipótese de trabalho, nunca uma
certeza. Do ponto de vista científico, esta claro que ainda não existem certezas sobre
a etiologia das dependências químicas. Usando o pressuposto de que um
comportamento aprendido, Estamos lidando com a possibilidade de remodelar este
comportamento atráves de um novo aprendizado. Grande parte dos nossos pacientes
chega até nós com a idéia amplamente divulgada de que são portadores de uma
doença irreversível. Os sentimentos correspondentes à estadia, naturalmente, são a
desesperança e o pessimismo, gerando uma atitude de passividade. O contato com
uma nova maneira de pensar, que deixa espaço para mudanças a partir do próprio
indivíduo, amplia as possibilidades de ação e geralmente provoca mudanças em
outras áreas da vida.
Em suma, embora o paciente no chegue acreditando da mesma
maneira que ns na sua capacidade de recuperação, possível, com um pouco mais de
tempo e muita disponibilidade para escutá-lo, fazê-lo agente de sua própria vontade
de mudar.
A Avaliação desta primeira experiência com a Intervenção Breve e
da experiência continuada de sua aplicação nos faz crer que este modelo terapêutico
tem um grande potencial e pode beneficiar a muito mais pessoas do que ele
originalmente se propõe.
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