FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp
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INTRODUÇÃO<br />
Existem basicamente dois tipos <strong>de</strong> pesquisa do resultado ("outcome")<br />
<strong>de</strong> um tratamento: experimentos clínicos controlados e avaliações internas do<br />
programa. Consi<strong>de</strong>ra-se "experimento clínico controlado" um estudo experimental<br />
especialmente planejado para testar se um programa <strong>de</strong> tratamento é efetivo ou não.<br />
"Avaliações internas do programa" provêem apenas informações sobre o resultado<br />
daquele tratamento individual.<br />
Em um estudo clínico controlado são componentes essenciais as<br />
inclusões <strong>de</strong> um grupo controle; a aleatorieda<strong>de</strong> da <strong>de</strong>signação do tratamento; a<br />
enumeração dos critérios <strong>de</strong> inclusão e exclusão; a <strong>de</strong>scrição das características da<br />
amostra estudada; o julgamento do efeito do tratamento por pessoa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte (que<br />
não tenha sido terapeuta), no caso <strong>de</strong> terapias verbais; a inclusão <strong>de</strong> medidas objetivas<br />
da resposta terapeuta; o seguimento <strong>de</strong> pelo menos cerca <strong>de</strong> 70% da amostra original<br />
e uma análise estatística a<strong>de</strong>quada dos dados coletados (Fuller,l991).<br />
Ao <strong>de</strong>senvolvermos uma pesquisa <strong>de</strong>ste porte, envolvendo uma<br />
equipe tão gran<strong>de</strong>, existe uma tendência <strong>de</strong> se tentar aproveitar a ocasião ao máximo,<br />
coletando o maior número possível <strong>de</strong> dados. Se, por um lado, isto enriquece o<br />
trabalho, por outro nos coloca diante <strong>de</strong> um número enorme <strong>de</strong> variáveis, o que<br />
dificulta muito a análise dos dados.<br />
Alguns pontos são essenciais na comparação <strong>de</strong> dois tipos <strong>de</strong><br />
tratamento: a comparação do variável pré-tratamento, a análise da a<strong>de</strong>rência aos<br />
tratamentos e a análise do "sucesso" obtido, <strong>de</strong> preferência utilizando-se mais do que<br />
um único critério.<br />
1. COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS PRÉ-TRATAMENTO<br />
A comparação dos grupos em estudo antes do tratamento <strong>de</strong>ve<br />
prece<strong>de</strong>r qualquer outro tipo <strong>de</strong> análise. Mesmo tendo sido tomados todos os<br />
cuidados para garantir a semelhança dos grupos, muitas vezes existem diferenças<br />
prévias entre eles que comprometem qualquer conclusão. Não basta realizar as<br />
comparações entre os grupos por ocasião da avaliação inicial, a não ser que se<br />
consiga a improvável taxa <strong>de</strong> 100% <strong>de</strong> comparecimento aos seguimentos. É também<br />
necessário compararmos as variáveis pré-tratamento dos pacientes que compareceram<br />
ação seguimento. Esta po<strong>de</strong> ser uma amostra não representativa da população inicial,<br />
o que restringe as conclusões.<br />
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