microsociologia da sociabilidade na mobilidade urbana
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Os desafios para o uso do automóvel 73<br />
Entretanto, antes do total encerramento <strong>da</strong> utilização dos<br />
bondes elétricos em São Luís, estes já disputavam espaço <strong>na</strong>s<br />
estreitas ruas <strong>da</strong> urbe com um novo meio de transporte que<br />
gra<strong>da</strong>tivamente foi se incorporado a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de: o automóvel.<br />
Com o aparecimento dos veículos automotores tanto <strong>na</strong><br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de coletiva – (ônibus urbanos) quanto particular, com os<br />
carros de passeio, foi se afirmando o transporte baseado em veículos<br />
automotores. Devendo-se ressaltar que os carros particulares de<br />
passeio eram alçados não só como um elemento afirmador de um<br />
progresso material, bem como igualmente <strong>da</strong> presença de status<br />
social. Assim, o uso dos bondes passou a ser visto como um meio<br />
ultrapassado para o deslocamento. “Os bondes tor<strong>na</strong>ram-se obsoletos<br />
para atender aos interesses <strong>da</strong> indústria automobilística (no âmbito<br />
<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l) e dos empresários do ramo de transporte (no âmbito local)”.<br />
(Mendes, p. 185)<br />
A inserção dos ônibus urbanos adveio para a substituição dos<br />
antigos bondes que se tor<strong>na</strong>ram obsoletos com o vagar dos anos.<br />
Ademais, o ônibus permitia uma maior movimentação e deslocamento<br />
já que não estava como o bonde preso a um itinerário por onde<br />
houvesse trilhos, poderia circular por novas rotas e assim alcançar<br />
logradouros que antes não eram servidos pelo transporte coletivo.<br />
Figura 2 – O perfil de um ônibus<br />
Fonte: Miécio Jorge. Álbum do Maranhão, 1950