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microsociologia da sociabilidade na mobilidade urbana

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Microsociologia <strong>da</strong> sociabili<strong>da</strong>de 101<br />

animal. A revolução opera<strong>da</strong> pelo surgimento do automóvel (marca<strong>da</strong><br />

pela transformação <strong>da</strong> paisagem urba<strong>na</strong> devido à construção de<br />

estra<strong>da</strong>s e si<strong>na</strong>lizações) teve repercussões <strong>na</strong>s interações sociais<br />

diutur<strong>na</strong>s, nota<strong>da</strong>mente altera<strong>da</strong>s pelos atritos e conflitos decorrentes<br />

do novo espaço chamado “tráfego/trânsito”.<br />

Para uma melhor localização, entendemos o conceito de<br />

trânsito como sendo “o conjunto de todos os deslocamentos diários,<br />

feitos pelas calça<strong>da</strong>s e vias <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, e que aparece <strong>na</strong> rua <strong>na</strong><br />

forma de movimentação geral de pedestres e veículos”<br />

(VASCONCELOS, 1998, pp. 11). A definição do Código de Trânsito<br />

Brasileiro Lei 9.503, de 23/09/1997, que apresenta o trânsito como<br />

sendo “a utilização <strong>da</strong>s vias por pessoas, veículos e animais, isolados<br />

ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, para<strong>da</strong>,<br />

estacio<strong>na</strong>mento e operação de carga e descarga” 9 . (CTB, Lei 9.503,<br />

de 23/09/1997. Art. 1º, Parágrafo Primeiro). Comparando as duas<br />

definições, verificamos que enquanto a primeira focaliza<br />

principalmente a questão <strong>da</strong> movimentação, a segun<strong>da</strong> apresenta<br />

uma visão geral sobre to<strong>da</strong>s as dimensões do trânsito tais como<br />

para<strong>da</strong> e estacio<strong>na</strong>mento, ou seja, não o ver ape<strong>na</strong>s pela ótica <strong>da</strong><br />

movimentação.<br />

O primeiro acidente do mundo ocidental, ocorreu em Londres<br />

no dia 17 de agosto de 1896. Assim <strong>na</strong>rrou Giucci, (GIUCCI, 2004,<br />

pp. 79).<br />

No Brasil, em 1897, <strong>na</strong> estra<strong>da</strong> velha <strong>da</strong> Tijuca, no Rio de<br />

Janeiro, temos o primeiro registro de acidente, o qual deu-se com<br />

uma perso<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de já conheci<strong>da</strong> do grande público por sua habili<strong>da</strong>de<br />

literária, o jor<strong>na</strong>lista e anti-mo<strong>na</strong>rquista ferrenho, José do Patrocínio<br />

foi o primeiro a circular em um automóvel no Rio de Janeiro. Ao<br />

volante estava Olavo Bilac, tentando aprender a dirigir” (GIUCCI,<br />

2004, pp. 81 & NED, 2004, pp. 16).<br />

Ned Ludd relata o primeiro acidente de carro no Brasil, no<br />

momento em que o trânsito ain<strong>da</strong> era escasso, quando uma possível<br />

sociabili<strong>da</strong>de conflituosa era presente mais entre cocheiros<br />

conduzindo carruagens e pedestres.<br />

9<br />

A partir deste ponto utilizaremos a sigla CTB para nos referirmos ao Código de<br />

Trânsito Brasileiro, Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997.

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