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microsociologia da sociabilidade na mobilidade urbana

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Microsociologia <strong>da</strong> sociabili<strong>da</strong>de 95<br />

outros e para ser influenciado por eles. A importância dessas interações<br />

está no fato de obrigar os indivíduos, que possuem aqueles instintos,<br />

interesses, etc., a formarem uma uni<strong>da</strong>de – precisamente, uma “socie<strong>da</strong>de”.<br />

Tudo que está presente nos indivíduos (que são os <strong>da</strong>dos concretos e<br />

imediatos de qualquer reali<strong>da</strong>de histórica) sob a forma de impulso, interesse,<br />

propósito, incli<strong>na</strong>ção, estado psíquico, movimento – tudo que está presente<br />

nele de maneira a engendrar ou medir influências sobre outros, ou que<br />

receba tais influências, designo como conteúdo, como matéria, por assim<br />

dizer, <strong>da</strong> sociação. ( SIMMEL, 1983, pp. 165/166, grifos nossos).<br />

Simmel, ao imiscuir-se <strong>na</strong>s formas <strong>da</strong> estrutura social, disseca<br />

os caracteres <strong>da</strong>s estruturas, <strong>da</strong>s ações e relações sociais, quando<br />

atribui importância aos elementos constitutivos dos conteúdos <strong>na</strong>s<br />

interações sociais. Ao apresentar algumas <strong>da</strong>s referências<br />

impulsio<strong>na</strong>doras, ele estaria atribuindo e destacando estas dimensões<br />

acio<strong>na</strong>doras dos propósitos, dos interesses, dos impulsos, <strong>da</strong>s<br />

incli<strong>na</strong>ções, e, aqui faria um adendo, dos “desejos”. Nesta descrição,<br />

ele estaria indicando os elementos que acio<strong>na</strong>m e, que impulsio<strong>na</strong>m<br />

a materialização <strong>da</strong> própria existência do social. E, assim, estaria<br />

oferecendo e apresentando a metamorfose que recai sobre o<br />

processo, a operação existente entre a dimensão individual e a própria<br />

formatação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. Portanto, sobre a sociabili<strong>da</strong>de recaem e<br />

perpassam diversas dimensões que, estariam aqui, focaliza<strong>da</strong>s<br />

através dos <strong>da</strong>dos referentes aos acidentes e <strong>da</strong>s observações sobre<br />

os incidentes, os que encontram a sua existência, sobre e entre, os<br />

condutores e pedestres.<br />

A nossa análise tem um pressuposto, ou seja, haverá uma<br />

relação entre o social e as formas sociais que se estabelecem e,<br />

se concretizam no espaço <strong>da</strong> circulação urba<strong>na</strong>.<br />

A nossa visão é corrobora<strong>da</strong> pelo caminho a<strong>na</strong>lítico formulado<br />

por Axel Honneth.<br />

“Com essa reinterpretação do modelo hobbesiano, Hegel introduz uma versão<br />

do conceito de luta social realmente inovadora, em cuja conseqüência o<br />

conflito prático entre sujeitos pode ser entendido como um momento do<br />

movimento ético no interior do contexto social <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>; desse modo, o<br />

conceito recriado de social inclui desde o início não somente domínio de<br />

tensões moral, mas abrange ain<strong>da</strong> um medium social através do qual elas<br />

são decidi<strong>da</strong>s de maneira conflituosa.” (HONNETH, 2003, pp. 48).<br />

Daí ao enfocarmos - os acidentes e os incidentes -, estaríamos<br />

buscando demonstrar com referenciais empíricos, o quadro em que

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