o outro possÃvel: a poesia de armando freitas filho em ... - UninCor
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41<br />
da sua alma<br />
que a vida <strong>em</strong>pe<strong>de</strong>rniu? 41<br />
O que capta é complicado, difícil <strong>de</strong> compreensão, melindroso, frágil... Como<br />
lidar com tanta essência, pureza, que só a linguag<strong>em</strong> é capaz <strong>de</strong> transmitir? Se é inalcançável<br />
qual seria o sentido da volta, retorno? O que teria <strong>de</strong> tão forte? Que enigma seria esse que não<br />
se resolve? Por que a ânsia <strong>de</strong> encostar, <strong>de</strong> beijá-lo, se não consegue alcançá-lo?<br />
N<strong>em</strong> o beijo mais leve<br />
alcança sua pétala 42 .<br />
Devido a admiração, ao <strong>de</strong>slumbramento, a inquietu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>svendamento relata:<br />
Drummond é o cara: se abisma<br />
ímpar, sabendo que viajar, <strong>de</strong>spedaça.<br />
O observador do observador, no escritório.<br />
AFF confere ao poeta CDA a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apanhar o que passa, confirmando<br />
como discutido anteriormente “a velocida<strong>de</strong> maquínica”:<br />
O que fica para trás, o que não se arrumou<br />
na frente, sensível ao que a primeira mão<br />
per<strong>de</strong>, e a segunda, segura, tenta.<br />
O observador do observador, no escritório.<br />
Sendo assim o caminho, mesmo difícil, pedregoso, <strong>de</strong> dura travessia, mas<br />
significativo e que vale a pena ser trilhado.<br />
Auto-estrada pedregosa, <strong>de</strong> ultrapassag<strong>em</strong><br />
ou <strong>de</strong>sastre, <strong>de</strong> dura travessia, que ferve<br />
do lado do mar, meigo e mordaz.<br />
O observador do observador, no escritório.<br />
Se o leitor aceitar a passag<strong>em</strong> corre o risco <strong>de</strong> adoecer, <strong>de</strong> contaminar-se:<br />
CDA não t<strong>em</strong> cura. Quando pega<br />
não passa, e martela virulento:<br />
na cabeça, introduzindo uma voz<br />
que esquizofreniza, insistente –<br />
41 Raro Mar – Nominal. Sonetilho do falso CDA. 2006, p. 27.<br />
42 Raro Mar – Nominal. Sonetilho do falso CDA. 2006, p. 27.