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Anais Encontro Água & Floresta - SIGAM - Governo do Estado de ...

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Biosfera e com a Agevap, exatamente pra <strong>de</strong>senvolver esse conceito floresta-água. O objetivoé sempre ter o produtor convenci<strong>do</strong> e engaja<strong>do</strong> a entrar nesse processo.Edilaine Dick – Associação <strong>de</strong> Preservação <strong>do</strong> Meio Ambiente <strong>do</strong> Alto Vale <strong>do</strong> Itajaí –ApremaviA Miriam Prochnow, diretora da Apremavi, iria apresentar o assunto, mas não pô<strong>de</strong> estarpresente. A idéia é contar um pouco sobre o trabalho da Apremavi em Santa Catarina. Aentida<strong>de</strong> foi fundada em 1987, em Ibirama, por um grupo <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> várias áreas queachava necessário, no auge da exploração ma<strong>de</strong>ireira, criar uma associação com a intenção <strong>de</strong><strong>de</strong>nunciar essa exploração, que ocorria principalmente na reserva indígena <strong>de</strong> Ibirama, umaárea original <strong>de</strong> 4 mil hectares <strong>de</strong> florestas preservadas. A Apremavi teve como ponto inicial a‘boca no trombone’, o alvo nas <strong>de</strong>núncias. Com o <strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s acontecimentos e seu avanço,em 1990 foi cria<strong>do</strong> outro movimento, o ‘colocan<strong>do</strong> a mão na massa’, com o objetivo <strong>de</strong> criaralternativas para a conservação colocan<strong>do</strong> a floresta como meio econômico, ou seja, nãoadianta só <strong>de</strong>nunciar e não trazer alternativa para aquelas pessoas diretamente envolvidas noprocesso. Em 1990 foi cria<strong>do</strong> o viveiro <strong>de</strong> nativas com a intenção <strong>de</strong> distribuir mudas aosproprietários – os principais prejudica<strong>do</strong>s pela exploração ma<strong>de</strong>ireira.O andar foi natural e hoje estamos situa<strong>do</strong>s nos municípios <strong>de</strong> Atalanta e Rio <strong>do</strong> Sul, oprimeiro on<strong>de</strong> está o viveiro e a gestão <strong>do</strong>s projetos. O viveiro conta com uma estrutura <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> 600 mil mudas nativas por ano, e a equipe <strong>de</strong> trabalho é formada por 17 pessoas,com a parte <strong>de</strong> escritório situada em Rio <strong>do</strong> Sul, contan<strong>do</strong> ainda com 350 sócios, além <strong>de</strong>colabora<strong>do</strong>res das universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Santa Catarina e Paraná.O primeiro projeto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte da associação foi o <strong>de</strong> enriquecimento <strong>de</strong> florestassecundárias, em 1996. Foi realiza<strong>do</strong> com apoio <strong>do</strong> PDA, visan<strong>do</strong> manejar a floresta <strong>de</strong> maneirasustentável, porque a região <strong>de</strong> Atalanta, Rio <strong>do</strong> Sul e <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o Vale <strong>do</strong> Itajaí tem comoprincipal cultura o fumo. Toda a região é formada por pequenos proprietários, cada um com nomáximo 10 hectares. E como o fumo exige uma gran<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> lenha, os agricultores nãotinham essa noção <strong>de</strong> que podiam manejar a floresta para ter lenha na proprieda<strong>de</strong> por umlongo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, sem <strong>de</strong>vastar a mata.O projeto foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> em <strong>de</strong>z municípios da região <strong>do</strong> Alto Vale, através <strong>de</strong> cursos<strong>de</strong> capacitação e também <strong>de</strong> plantios <strong>de</strong> outras árvores que serviriam à produção <strong>de</strong> lenha e<strong>de</strong> alimentos; também foi utiliza<strong>do</strong> palmito como alternativa extra <strong>de</strong> renda. O principalobjetivo <strong>do</strong> projeto foi ensinar o produtor <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ria manter a proprieda<strong>de</strong> utilizan<strong>do</strong>árvores mortas e caídas, num processo natural <strong>de</strong> recomposição das florestas.Entre outros projetos que aconteceram, houve o <strong>de</strong> educação ambiental em quetrabalhamos diretamente com as crianças <strong>de</strong> Atalanta e <strong>de</strong> outros municípios da região <strong>do</strong> AltoVale. E hoje contamos com <strong>do</strong>is carros-chefe na associação, que são os projetos ‘Planejan<strong>do</strong>Socieda<strong>de</strong>s e Paisagens’ e o ‘Matas Legais’. Com o tempo, também fomos apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que nãose caminha sozinho, e criaram-se parcerias com outras ONGs, como a The NatureConservancy, e também com órgãos públicos.O ‘Planejan<strong>do</strong> Socieda<strong>de</strong>s e Paisagens’ é apoia<strong>do</strong> pela Fundação o Boticário <strong>de</strong> Proteção àNatureza e pela Fundação Interamericana. Temos como parceiros a TNC e o órgão <strong>de</strong> pesquisa<strong>de</strong> Santa Catarina. Estão envolvi<strong>do</strong>s diretamente 35 agricultores <strong>do</strong> município e a intenção <strong>do</strong>projeto é manejar a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira sustentável, que o agricultor entenda queconservação da natureza é possível aliada à produção e que não haverá perda financeira emcima disso. A idéia era <strong>de</strong>smistificar que fumo seria a única alternativa <strong>de</strong> produção para omunicípio. Ali também são pequenos produtores, Atalanta é 80% agrícola, toda formada porproprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> no máximo 15 hectares, mas on<strong>de</strong> praticamente só se produz fumo (cerca <strong>de</strong>90% da proprieda<strong>de</strong> está ocupada e só resta o espaço para as benfeitorias).A idéia então é que se tenha uma área <strong>de</strong> reserva legal, <strong>de</strong> mata ciliar e outrasalternativas <strong>de</strong> produção para esses agricultores. O projeto é dividi<strong>do</strong> em cinco etapas, já tem<strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> execução, e a primeira etapa foi a <strong>de</strong> reunião com as associações. Começamoscom 15 famílias e hoje estamos com 35 cadastradas. Através das reuniões das associaçõesque já existiam no município, a idéia era formar uma associação que seria a composição <strong>do</strong>sagricultores envolvi<strong>do</strong>s no projeto. A segunda etapa é o reconhecimento <strong>de</strong>ssas pessoas20

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