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Anais Encontro Água & Floresta - SIGAM - Governo do Estado de ...

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diferente <strong>de</strong> ser funcionário, que às vezes se apropria <strong>do</strong> público por questões privadas. E oservi<strong>do</strong>r publico é alguém que serve o público e que <strong>de</strong>ve ser cobra<strong>do</strong> pelos seus serviços;então existe toda uma estrutura pública no Brasil sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>gradada. Não é possível que nãotenhamos ação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> atuan<strong>do</strong> nestas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s para, no mínimo, dar uma condiçãoigual para as pessoas partirem <strong>de</strong> um ponto minimamente satisfatório para o seu<strong>de</strong>senvolvimento. Falo <strong>de</strong> ensino público <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, mas também <strong>de</strong>órgãos públicos que cuidam da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ambiente, e raramente temos um discurso <strong>de</strong> quemeio ambiente somos nós, pessoas que vivem no mesmo espaço. Em geral somos ‘nós’ e ‘eles’governo, e eu não tenho responsabilida<strong>de</strong> no processo. Chamar essa responsabilida<strong>de</strong> àsocieda<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong> implica em valorizar o papel que tem o serviço público nas suasmissões, qualifica-lo, inclusive. Quan<strong>do</strong> na década <strong>de</strong> 70 houve uma migração da classe médiapara as escolas particulares, as públicas per<strong>de</strong>ram muito valor, foram largadas, e quem pô<strong>de</strong>pagar escola particular privilegiou seus filhos, crian<strong>do</strong> condição para entrar na universida<strong>de</strong>.Então é uma postura da socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> um segmento, e às vezes por omissão permitem queaconteça isso. Quan<strong>do</strong> garoto, lembro que era trata<strong>do</strong> apenas nos postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> municipal,on<strong>de</strong> estavam os melhores médicos. Isso mu<strong>do</strong>u radicalmente num tempo curto, apenasporque não fomos cidadãos, não fizemos exercício da exigência <strong>de</strong>ssas condições.Esse eixo ambiental, se as pessoas olharem <strong>de</strong> novo, é capaz <strong>de</strong> resgatar essas relaçõessociais mais iguais, porque amarra novamente as pessoas, não importa a classe social, se aágua está ruim ,está ruim pra to<strong>do</strong>s, ar i<strong>de</strong>m, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> paga um preço da <strong>de</strong>gradação. Éuma mudança real na forma <strong>de</strong> olhar.Fernan<strong>do</strong> VeigaSó queria agra<strong>de</strong>cer a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estarmos <strong>de</strong>baten<strong>do</strong> esse tema da floresta-água,apresentar conceitos <strong>de</strong> serviços ambientais, e <strong>de</strong>ixar a mensagem da importância <strong>de</strong> pôr emprática conceitos novos que vêm sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> carbono à produção <strong>de</strong>água; lembrar a importância da construção <strong>de</strong> parcerias para a implementação <strong>de</strong>ssas novaspropostas. Assim, vislumbramos novos caminhos para o quadro da <strong>de</strong>gradação que envolve agestão <strong>de</strong> água e floresta.Helena CarrascosaEste encontro é uma oportunida<strong>de</strong> interessante <strong>de</strong> avançarmos nesse diálogo e nessaconstrução, que é algo que to<strong>do</strong>s nós esperamos que aconteça. Temos hoje condição muitodiferente <strong>do</strong> que tínhamos há 20 anos, as instituições públicas, as ONGs, as empresas e aspessoas amadureceram muito. E hoje temos condição <strong>de</strong> passar da fase <strong>de</strong> ‘boca no trombone’para ‘botar a mão na massa’, e isso se <strong>de</strong>ve fazer coletivamente. É fundamental oengajamento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, inclusive o que critica a atuação <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público, a gente não se senteofendi<strong>do</strong> pessoalmente. Somos to<strong>do</strong>s companheiros neste processo.31

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