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Anais Encontro Água & Floresta - SIGAM - Governo do Estado de ...

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Na década <strong>de</strong> 80 iniciaram-se os <strong>de</strong>bates sobre essa problemática. E ainda existe muito<strong>de</strong>bate, porque trabalhamos na fronteira <strong>do</strong> conhecimento. Na fronteira <strong>do</strong> conhecimentoeconômico, <strong>do</strong> direito, da antropologia, da sociologia, da geografia. Tu<strong>do</strong> o que trabalharmosdaqui para frente será novida<strong>de</strong>. Então como po<strong>de</strong>remos minimizar o impacto <strong>de</strong>sses gases noplaneta Terra?A partir <strong>do</strong>s anos 80, a Organização Mundial <strong>de</strong> Meteorologia iniciou os primeiros <strong>de</strong>batesque culminariam na construção da IV Convenção Quadro <strong>de</strong> Mudanças Climáticas. AConvenção foi o primeiro trata<strong>do</strong> internacional mo<strong>de</strong>rno em que se vislumbrou a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> se conhecer e preencher o próprio trata<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> tempo, como se fosse uma molduraem branco, em que to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s se juntam para discutir possíveis políticas e medidaslegais que agreguem as principais novida<strong>de</strong>s técnicas <strong>de</strong>senvolvidas no mun<strong>do</strong>.É uma engenharia diferente, como se fosse um imenso guarda-chuva, em que outrosprotocolos se somam a esse arcabouço inicial, sen<strong>do</strong> que os Esta<strong>do</strong>s signatários da IVConvenção po<strong>de</strong>m ir assinan<strong>do</strong> esses outros protocolos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com um consenso geral <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s. Naquela ocasião, não se chegou a uma meta inicial <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> gases <strong>do</strong> efeitoestufa. Somente em 1997, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Kyoto, Japão, durante a III Conferência das Partes(COP-3) nasce o Protocolo <strong>de</strong> Kyoto. Este fixou em 5,2% a meta <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong>gases <strong>do</strong> efeito estufa pelos Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. Dividiu o mun<strong>do</strong> em Anexo I, ou Esta<strong>do</strong>s<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, e os não-Anexo I, os países em <strong>de</strong>senvolvimento, <strong>do</strong>s quais o Brasil faz parte.De um mo<strong>do</strong> geral, para que se possam alcançar as metas iniciais estabelecidas peloProtocolo, entre 2008 a 2012, foram cria<strong>do</strong>s três mecanismos <strong>de</strong> flexibilização. Destacamosaqui o Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo (MDL), por ser o único instrumento que permiteprojetos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s com a colaboração <strong>do</strong> Anexo I e <strong>do</strong>s não-Anexo I. Na evolução dasnegociações, criaram-se os acor<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Marrakesh, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o primeiro arcabouço jurídicoinstitucionalcom as regras para os projetos <strong>de</strong> MDL.Na Conferência da Partes, que funciona tanto para a Convenção <strong>do</strong> Clima como para oProtocolo <strong>de</strong> Kyoto, é que ocorrem os gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>bates internacionais e se avança,paulatinamente, a respeito <strong>do</strong> que se po<strong>de</strong>rá ser realiza<strong>do</strong> em conjunto. Essas conferênciassão uma espécie <strong>de</strong> coração, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> tu<strong>do</strong> emana.Dentro da Conferência das Partes existe um conselho, a Junta Executiva <strong>do</strong> MDL, quetoma conta <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os projetos <strong>de</strong>sse mecanismo. Serve para supervisionar as regras eaprovar to<strong>do</strong>s os registros <strong>de</strong> projetos. Depois, temos as chamadas entida<strong>de</strong>s operacionais<strong>de</strong>signadas, as terceiras partes <strong>de</strong>sse arcabouço que servem para, uma vez <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> umprojeto, validá-los dizen<strong>do</strong> se estão <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as regras internacionais <strong>do</strong> MDL e <strong>do</strong> paíshospe<strong>de</strong>iro. Isso porque é preciso estar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a legislação interna <strong>de</strong> cada país,principalmente a ambiental.Existe uma outra entida<strong>de</strong> operacional <strong>de</strong>signada, fixada em território nacional e queverifica se aquele projeto foi realmente monitora<strong>do</strong>, se as reduções foram realmente feitas.Uma vez efetivadas as reduções, o projeto é certifica<strong>do</strong>. Essa certificação é o que chamamos<strong>de</strong> CER - Certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> Emissão. Os CERs são corporifica<strong>do</strong>s em títulos vendi<strong>do</strong>sno merca<strong>do</strong>. São adquiri<strong>do</strong>s pelos países, ou por empresas, porque, na verda<strong>de</strong>, quem vaireduzir as emissões são as empresas, as indústrias e futuramente, os indivíduos. O queprecisamos <strong>de</strong>bater é como isso se formaliza na prática. No momento, temos poucoscertifica<strong>do</strong>s já emiti<strong>do</strong>s, mas temos uma expectativa <strong>de</strong> direito, há um ciclo para que ocertifica<strong>do</strong> se torne um ativo.Marco Antonio Fujihara – Instituto TotumVou tratar sobre a idéia <strong>de</strong> como valoramos a biodiversida<strong>de</strong>.Em pouco tempo estaremos comercializan<strong>do</strong> serviços <strong>de</strong> ecossistemas, o que po<strong>de</strong>acontecer em menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos. Neste caso, falamos <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>, umconjunto <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res chama<strong>do</strong>s Global Reporting Initiative - GRI, que permitem avaliar osserviços <strong>do</strong>s ecossistemas e como são coloca<strong>do</strong>s em prática. Esses indica<strong>do</strong>res são necessáriosao se tratar da biodiversida<strong>de</strong>, pois não po<strong>de</strong>mos entendê-la como o passarinho bonitinhovoan<strong>do</strong>. É necessário precisão, e isso é da<strong>do</strong> pelos indica<strong>do</strong>res. Qualquer que seja o indica<strong>do</strong>r,precisa também <strong>de</strong> pré-requisitos. Deve ser relevante, ou seja, refletir uma política pública e33

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