Então algumas iniciativas já entram em mata ciliar, com programas bem feitos. Há váriasoutras experiências, culminan<strong>do</strong> com a proposta <strong>do</strong> Devanir, da ANA, que leva o incentivofinanceiro ao produtor rural para que ele preserve seus recursos. Mas isso não está transitan<strong>do</strong>no Ceivap com muita tranqüilida<strong>de</strong>, pois o pensamento <strong>de</strong> investir pesa<strong>do</strong> em tratamento <strong>de</strong>esgoto para recuperação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água é o que pre<strong>do</strong>mina no nosso comitê.A terceira linha <strong>de</strong> que vou falar é <strong>de</strong> educação ambiental, nossa priorida<strong>de</strong> no comitê.Estabelecemos na reunião <strong>de</strong> duas semanas atrás que vamos investir 80% em esgoto e 20%na área <strong>de</strong> educação ambiental e conservação <strong>de</strong> nascentes. Então, se conseguirmos esses 2,9milhões <strong>de</strong> reais <strong>de</strong> recursos da cobrança estadual, ou mesmo em torno <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> reaispor ano, teríamos cerca <strong>de</strong> 400 mil reais ao ano, e po<strong>de</strong>mos pensar em muitos anos. É precisohaver uma ação das pessoas que enten<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sse assunto e são militantes na área, <strong>de</strong>convencimento <strong>de</strong>sses outros atores, <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong> saneamento, da indústria, tentan<strong>do</strong>mostrar que educação leva ao combate à erosão e ao assoreamento, para que possamos ir<strong>de</strong>slocan<strong>do</strong> esses investimentos <strong>do</strong> comitê. Ao longo <strong>do</strong> tempo, ao invés <strong>de</strong> 80% parasaneamento e 20% para essas áreas, talvez possamos fazer esses investimentos priorizan<strong>do</strong>mais a conservação <strong>do</strong>s recursos hídricos.Atualmente, estamos na expectativa <strong>de</strong> montar um grupo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>várias áreas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> comitê para tratar <strong>do</strong> tema da redistribuição <strong>de</strong> investimentos. Temosum novo planejamento da bacia em curso, e esse grupo que estamos em vias <strong>de</strong> criar terácomo incumbência traduzir essas medidas e propostas para <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> bacia, para quese possa refletir essa gradativida<strong>de</strong>. Começamos com 80% para esgoto, mas vamos, no prazo<strong>de</strong> 4 anos, investir mais nas outras áreas.E essa é uma tarefa <strong>de</strong> muito longo prazo, fundamental para a saú<strong>de</strong> da nossa baciahidrográfica. A água que corre na nossa bacia é como o sangue no nosso corpo: se essesangue não estiver bem, o corpo to<strong>do</strong> vai perecer. Da mesma forma, temos que buscar asaú<strong>de</strong> das bacias hidrográficas para termos água para as futuras gerações.BIODIVERSIDADE E MANEJO DE RECURSOS AMBIENTAIS▲ Menção honrosaTítulo:Forma <strong>de</strong> apresentação:▲ Macrófitas aquáticas utilizadas como micro-hábitat <strong>de</strong> caranguejos<strong>de</strong> água <strong>do</strong>cePainel1º Autor: Fabrízio Alves VenâncioO estu<strong>do</strong> das necessida<strong>de</strong>s básicas da fauna e das características peculiares <strong>de</strong> cada sistema emicro-hábitat ocupa<strong>do</strong> po<strong>de</strong> gerar subsídios para o estabelecimento <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> manejo emonitoramento ambiental. O caranguejo <strong>de</strong> água <strong>do</strong>ce Trichodactylus petropolitanus(Trichodactylidae) é bastante comum na bacia <strong>do</strong> Rio Paraíba <strong>do</strong> Sul e utiliza<strong>do</strong> por pesca<strong>do</strong>reslocais como isca <strong>de</strong> peixe. No presente trabalho, procurou-se investigar aspectos ecológicos <strong>de</strong>staespécie no córrego da Mina, subafluente <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul, localiza<strong>do</strong> numa zona rural <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong> pastoril, no município <strong>de</strong> Caçapava (SP). A coleta <strong>do</strong>s caranguejos foi feita revolven<strong>do</strong>-sea vege7tação marginal e o leito <strong>do</strong> riacho no perío<strong>do</strong> diurno. Ao longo <strong>de</strong> um ano, foramamostra<strong>do</strong>s 258 exemplares, <strong>do</strong>s quais 230 eram indivíduos jovens. Estes foram facilmentecaptura<strong>do</strong>s junto aos rizomas da macrófita aquática Hedychium coronarium, conhecida como54
lírio-<strong>do</strong>-brejo. Esta macrófita é consi<strong>de</strong>rada exótica no Brasil e foi introduzida nas Américas háalguns anos. Como planta invasora oportunista, veio a colonizar as margens <strong>de</strong> diversos rios eriachos da bacia <strong>do</strong> Paraíba <strong>do</strong> Sul. Como uma barreira contra a matéria orgânica carreada pelasenxurradas da área rural, essa vegetação ciliar serve ainda <strong>de</strong> alimento para ninfas e insetosaquáticos. No local <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, esta macrófita está sen<strong>do</strong> utilizada como “ferramenta ecológica”,servin<strong>do</strong> <strong>de</strong> micro-hábitat para jovens <strong>do</strong> caranguejo T. petropolitanus.Título:▲ A Reposição <strong>Floresta</strong>l e a Educação Não-Formal: Ferramentas <strong>de</strong>Recuperação Ambiental da Bacia <strong>do</strong> Rio UnaForma <strong>de</strong> apresentação: Painel1º Autor: Carlos Moure CiceroO uso ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> das terras que compõem as bacias hidrográficas <strong>do</strong>s rios principais e seustributários é um <strong>do</strong>s problemas que restringem o abastecimento <strong>de</strong> água à população <strong>do</strong>smunicípios brasileiros. Nesse contexto, a bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Una, em sua maior parte nomunicípio <strong>de</strong> Taubaté, tem apresenta<strong>do</strong> sérios problemas ambientais em função <strong>de</strong> açõesantrópicas negativas. Entre elas, o uso ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>do</strong> solo, que tem provoca<strong>do</strong> erosão, levan<strong>do</strong> àrápida sedimentação e assoreamento <strong>do</strong>s rios e córregos e à redução na qualida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong>das águas. Torna-se imprescindível o estabelecimento <strong>de</strong> medidas que estimulem os produtores aconservarem o solo e recuperarem áreas <strong>de</strong>gradadas e recursos hídricos, principalmente portratar-se <strong>de</strong> um bem coletivo. Em atendimento às metas <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Bacias Hidrográficas <strong>do</strong> RioParaíba <strong>do</strong> Sul, a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté (Unitau) <strong>de</strong>senvolve o projeto Reposição <strong>Floresta</strong>l eEducação Ambiental na Bacia <strong>do</strong> Rio Una, com apoio <strong>do</strong> Comitê <strong>de</strong> Bacias Hidrográficas <strong>do</strong> Paraíba<strong>do</strong> Sul (CBH-PS). Este projeto visa: o reflorestamento com essências nativas da região <strong>de</strong> 12unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 hectare cada, em Áreas <strong>de</strong> Preservação Permanente (APP); a realização <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>educação ambiental envolven<strong>do</strong> a comunida<strong>de</strong> da bacia, incluin<strong>do</strong> a capacitação <strong>de</strong> técnicos,membros <strong>de</strong> ONGs e produtores através <strong>de</strong> mini-cursos e dias <strong>de</strong> campo. Como resulta<strong>do</strong>spreliminares recebeu-se da Votorantim Celulose e Papel (VCP) as mudas a serem utilizadas noreflorestamento ainda em 2006, assim como a realização <strong>de</strong> <strong>do</strong>is eventos junto à comunida<strong>de</strong> nabacia.Título:Forma <strong>de</strong> apresentação:▲ Hidrografia <strong>de</strong> cavas <strong>de</strong> areia em recuperação: estratégias <strong>de</strong>educação e pesquisa com compromisso socialComunicação Oral1º Autor: Murilo Pires FioriniO presente projeto visa elaborar um plano <strong>de</strong> recuperação, manejo e gerenciamento <strong>de</strong> 10 lagoas<strong>de</strong> mineração aban<strong>do</strong>nadas em Jacareí (SP). Foram realizadas coletas mensais e nictemerais (24horas, em perío<strong>do</strong>s seco e chuvoso) <strong>de</strong> variavéis físicas, químicas e biológicas (pH, oxigêniodissolvi<strong>do</strong>, temperatura da água, condutivida<strong>de</strong>, transparência Secchi, pigmentos e nutrientestotais). Também se produziram peixes em tanques-re<strong>de</strong> com ativida<strong>de</strong>s sócio-educativas. Aprodução <strong>de</strong> peixes em tanques-re<strong>de</strong> foi feita em 2004, 2005 e 2006, com duração <strong>de</strong> 6 meses aum ano. As ativida<strong>de</strong>s sócio-educativas foram realizadas com a elaboração <strong>de</strong> protocolo <strong>de</strong>avaliação rápida e cartilha sobre as lagoas <strong>de</strong> mineração, para a capacitação <strong>do</strong> corpo discente e55
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