10.07.2015 Views

Anais Encontro Água & Floresta - SIGAM - Governo do Estado de ...

Anais Encontro Água & Floresta - SIGAM - Governo do Estado de ...

Anais Encontro Água & Floresta - SIGAM - Governo do Estado de ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>de</strong> Janeiro. E esse trabalho tem levanta<strong>do</strong> e procura<strong>do</strong> em cada cida<strong>de</strong> treinar monitores locaispra receber os visitantes; sempre <strong>de</strong>ixamos uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>res que trabalham aeducação ambiental em cada município. A idéia é exatamente essa: formar uma re<strong>de</strong> pra queesses monitores conversem, troquem experiências sobre as questões ambientais locais,regionais e <strong>do</strong> Brasil.Também <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> água está o projeto ‘A<strong>do</strong>te uma Nascente’, que começouem Brasília, em 16 nascentes, e hoje já tem em torno <strong>de</strong> 60 nascentes a<strong>do</strong>tadas porproprietários rurais, exatamente na área <strong>do</strong> proprietário on<strong>de</strong> está essa nascente. Estamosmostran<strong>do</strong> a importância <strong>de</strong> ele a<strong>do</strong>tar a fonte <strong>de</strong> água e buscamos parceria com asinstituições locais - no caso <strong>de</strong> Brasília, com a empresa <strong>de</strong> saneamento da capital. Esse éinclusive um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio da educação ambiental, <strong>de</strong> trabalhar junto com as empresas <strong>de</strong>abastecimento para a<strong>do</strong>tarem a importância <strong>de</strong> trabalhar a integração <strong>de</strong> água, floresta e uso<strong>de</strong> solo.Há ainda a publicação ‘Água, cida<strong>de</strong>s e floresta’, resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma pesquisa feita em 105das maiores cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, e 30% <strong>de</strong>ssas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> áreas protegidas para seuabastecimento. Isso mostra que se trabalharmos a conservação, o custo para a qualida<strong>de</strong> equantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água será seis vezes menor, e isso vem <strong>de</strong> encontro ao que é o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<strong>de</strong> quem trabalha com a questão ambiental: entrar no <strong>de</strong>bate da questão econômica. Orelatório <strong>de</strong>sta semana <strong>do</strong> governo britânico - que mostra que 20% <strong>do</strong> PIB <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> po<strong>de</strong>ráser per<strong>de</strong>r até 2050 em função da não-manutenção <strong>do</strong>s recursos naturais – revela que nós quetrabalhamos com a questão ambiental <strong>de</strong>vemos entrar nesse <strong>de</strong>bate, no <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> falar umalinguagem para to<strong>do</strong>s, não a que usamos para nós mesmos, pois nós já gostamos <strong>do</strong>ambiente. Agora temos que sensibilizar os outros, aqueles que ainda não estão participan<strong>do</strong>, enesse caso, possivelmente a linguagem que teremos que falar é a econômica, da mudança <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>lo, para que ganhemos outros corações e mentes para esse trabalho educativo.Outra questão é a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se integrarem as políticas públicas na questão <strong>de</strong> água efloresta. Se vamos num seminário que trata <strong>do</strong> papel das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação (UC), nemsempre o tema está associa<strong>do</strong> à importância das UCs para preservação <strong>de</strong> recursos hídricos, evice-versa,; num evento <strong>de</strong> recursos hídricos não se fala da floresta. Tem que haver apercepção <strong>de</strong> que vivemos no planeta Terra, não vivemos só em São Paulo, Barra Mansa, nabacia <strong>do</strong> Paraíba <strong>do</strong> Sul... É claro que não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> observar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> local, masprecisamos pensar <strong>de</strong> forma global <strong>de</strong> forma conjugada com as ações locais.A educação ambiental também <strong>de</strong>ve ser trabalhada para to<strong>do</strong>s, crianças, jovens eadultos. Não dá para falar apenas para criança, nós temos <strong>de</strong> falar com adultos também, nãopo<strong>de</strong>rmos repassar toda a responsabilida<strong>de</strong> da conservação para as crianças, daqui a poucoelas não vão ter nada para salvar.E há a questão da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social. Os números liga<strong>do</strong>s à água mostram essa relação,com a maioria <strong>do</strong>s leitos hospitalares ocupa<strong>do</strong>s por pessoas com <strong>do</strong>enças originadas na máqualida<strong>de</strong> da água, pessoas na faixa <strong>de</strong> pobreza moran<strong>do</strong> perto <strong>de</strong> valas negras. Se nãoenfrentarmos a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social, será difícil.Além disso, temos <strong>de</strong> conhecer os conflitos já existentes em cada região. Na questão <strong>de</strong>recursos hídricos, que envolve a <strong>de</strong>scentralização e a participação, com certeza a informação éum componente fundamental para que a gestão seja <strong>de</strong> fato <strong>de</strong>scentralizada e participativa.Sem informação, como as pessoas vão tomar <strong>de</strong>cisão? Não adianta um técnico falar <strong>de</strong>‘outorga’, ‘vazão’, para um público leigo. Pelo plano <strong>de</strong> bacia, por exemplo - componenteimportante da gestão <strong>de</strong> recursos hídricos e que obviamente será aprova<strong>do</strong> pelo comitê <strong>de</strong>bacia -, po<strong>de</strong>mos fazer um gran<strong>de</strong> pacto na bacia (não só entre os membros <strong>do</strong> comitê,<strong>de</strong>vem-se ouvir vários atores). Esse plano só será construí<strong>do</strong> <strong>de</strong> fato se a informação fordisponibilizada, e aí entra a educação ambiental.No Miranda (MS), o comitê vai elaborar o plano da bacia, mas primeiro temos <strong>de</strong> fazerum programa <strong>de</strong> educação ambiental volta<strong>do</strong> aos recursos hídricos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que antes <strong>de</strong>discutir o plano a gente tenha oficinas educativas voltadas à gestão, para que se disseminemconceitos básicos, e as pessoas participem da discussão <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> bacia. Se poucosdiscutirem o plano, po<strong>de</strong> ser bom, mas o pacto que <strong>de</strong>veria ser construí<strong>do</strong> na bacia será muitomais difícil. Precisamos trazer outros setores, atores e instituições para conversar, e aeducação ambiental é o elemento-chave; ela <strong>de</strong>veria ter si<strong>do</strong> lida como um instrumento <strong>de</strong>gestão <strong>de</strong> recursos hídricos, porque tem tu<strong>do</strong> a ver com a gestão <strong>de</strong>scentralizada eparticipativa.5

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!