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Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana

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dencial e das condições de vida da população estrangeira<br />

(capítulo quinto) mostra que o grupo dos imigrantes dos<br />

PALOP tem uma forte proporção de pessoas a viver em barracas<br />

ou em alojamentos não-clássicos e em alojamentos total<br />

ou parcialmente desprovidos de instalações básicas adequadas.<br />

Estes dados reforçam o quadro piramidal já verificado<br />

aquando da análise da posição sócio-económica dos imigrantes,<br />

em que a população dos PALOP se vê remetida para<br />

a base da estrutura social enquanto brasileiros e europeus<br />

ocupam as posições cimeiras.<br />

O quinto capítulo analisa, igualmente, a posição dos imigrantes<br />

relativamente à criminalidade. A partir dos dados<br />

tratados é possível verificar que os estrangeiros revelam: uma<br />

maior probabilidade do que a população portuguesa de serem<br />

acusados, condenados e encarcerados, o que parece ficar a<br />

dever-se, sobretudo, ao seu maior envolvimento nos crimes<br />

relacionados com a droga, mais severamente punidos. Além<br />

disso, não é de descartar a hipótese da discriminação institucional<br />

dos estrangeiros, uma vez que a comparação das<br />

taxas de condenação por tipo de crime da população estrangeira<br />

com a portuguesa mostra taxas de condenação sempre<br />

mais baixas no que respeita aos portugueses.<br />

O capítulo termina com a análise de alguns indicadores de<br />

exclusão dos direitos sociais e políticos, que se encontram<br />

com frequência associados ao estatuto de residência e ao<br />

modo de incorporação económica.<br />

Após a análise dos dados quantitativos e qualitativos disponíveis<br />

sobre a situação dos estrangeiros em Portugal, o trabalho<br />

conclui com a sugestão de algumas recomendações no<br />

sentido da criação de um conjunto de “boas práticas”. Estas<br />

recomendações dizem respeito: a) à necessidade de um pla-<br />

[11]

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