Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana
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e bastante mais baixa para os imigrantes do Brasil (7%) e da<br />
Europa (11%). Estes números reforçam o quadro piramidal<br />
já apontado, em que a população dos PALOP se vê remetida<br />
para a base da estrutura social enquanto brasileiros e europeus<br />
ocupam as posições cimeiras.<br />
Percentagem da população a viver em barracas ou em alojamentos<br />
não-clássicos, 1991 (nacionalidades seleccionadas, em percentagem)<br />
Nacionalidade Portugal Distritos de Lisboa<br />
e Setúbal<br />
Cabo Verde 22,3 24,3<br />
Angola 5,5 9,6<br />
Moçambique 2,1 3,1<br />
São Tomé 20,8 23,2<br />
Guiné-Bissau 24,2 27,1<br />
Brasil 0,2 0,4<br />
Europa 0,2 0,6<br />
Total de estrangeiros 6,3 12,4<br />
População total 0,6 1,3<br />
Fonte: Tabelas 17 e 18.<br />
A informação resultante de um inquérito conduzido em 1990<br />
(Tabela 21) sobre as minorias étnicas urbanas (Costa et al.,<br />
1991) dá conta de um quadro semelhante. Não obstante<br />
as deficientes condições de alojamento existentes de facto,<br />
65% dos inquiridos no âmbito desse trabalho afirmaram<br />
gostar do lugar onde moravam. Talvez ainda mais reveladora<br />
seja a circunstância de, num inquérito sobre a comunidade<br />
cabo-verdiana levado a efeito em 1986, 54% dos inquiridos<br />
– a viver em bairros degradados – terem declarado que as<br />
actuais condições de alojamento eram melhores do que as que<br />
tinham nos respectivos países de origem (França, 1992: 148).<br />
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