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Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana

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36 É importante<br />

observar<br />

a enorme<br />

discrepância<br />

existente entre<br />

os números<br />

apresentados pelo<br />

“Entre Culturas”<br />

e pelo SEF.<br />

Para este Serviço,<br />

em 1997<br />

existiam<br />

33 825 estudantes<br />

estrangeiros,<br />

enquanto<br />

de acordo com<br />

a primeira fonte<br />

esse número<br />

se cifrava<br />

em 60 539.<br />

A diferença pode<br />

dever-se,<br />

em larga medida,<br />

à utilização<br />

de conceitos<br />

distintos por<br />

parte de cada<br />

uma destas fontes<br />

(v. a nota n.º 11<br />

e a nota n.º 37).<br />

o nível. Assim, enquanto ao nível da escolaridade obrigatória<br />

os alunos oriundos dos PALOP representavam 63%, contra<br />

14% de europeus e 5% do Brasil, ao nível do ensino<br />

secundário essas percentagens cifravam-se em 47%, 24% e<br />

9%, respectivamente.<br />

Em relação ao desempenho escolar dos alunos e como se<br />

pode ver pela Tabela 13, as taxas de diplomação dos estudantes<br />

filhos de pais estrangeiros são, em geral (e exceptuando o<br />

Brasil) inferiores à média nacional. Cabo Verde regista uma<br />

taxa de diplomação muito abaixo da dos jovens de outras<br />

nacionalidades. A análise da Tabela 13 e dos gráficos n.º 1<br />

e n.º 2, revela duas situações distintas. Na escolaridade obrigatória,<br />

cabo-verdianos e são-tomenses apresentam taxas de<br />

diplomação inferiores às exibidas pelo resto da população<br />

estudantil, ao passo que no ensino secundário ambos os<br />

grupos exibem taxas de diplomação que atingem ou ultrapassam<br />

mesmo (no caso dos jovens de São Tomé) a média<br />

nacional. A justificação para este facto, de acordo com o<br />

coordenador da base de dados “Entre Culturas”, está em<br />

que, sendo poucos os filhos de imigrantes que conseguem<br />

ingressar no ensino secundário, aqueles que logram fazê-lo<br />

acabam por atingir um nível de desempenho que é ligeiramente<br />

superior ao da média nacional (Público, 26 de Julho<br />

de 1999).<br />

A baixa taxa de diplomação dos jovens cabo-verdianos e<br />

são-tomenses que frequentam a escolaridade obrigatória<br />

parece estar directamente relacionada com o elevado nível de<br />

abandono escolar que os caracteriza neste ciclo de ensino.<br />

De facto, como se pode inferir da leitura da Tabela 14, as<br />

percentagens de jovens que abandonam a escola durante a<br />

escolaridade obrigatória são muito mais elevadas no caso<br />

[40]

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