Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana

More documents

Recommendations

Info

disponham de idênticos direitos nos outros países. Actualmente, além dos cidadãos da UE, só os da Noruega, Cabo Verde, Argentina, Brasil, Peru, Uruguai e Israel desfrutam do direito ao voto e a apresentar-se como candidatos aos órgãos representativos do poder local. [34]
3. A SITUAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA DOS IMIGRANTES 3.1. Diferenciação “Étnica” no Mercado de Trabalho Para aferir a diferenciação étnica no mercado de trabalho serão utilizados três indicadores: o estatuto profissional, estrutura ocupacional, e a taxa de desemprego verificados entre a população estrangeira. A situação na profissão da população estrangeira entre 1990 e 1998, quando comparada com a da população nacional, pende ligeiramente a favor dos trabalhadores por conta de outrem (com 78% para a população estrangeira e 74% para a população nacional 30 ) (Tabela 10). Analisando a distribuição da situação na profissão por nacionalidade, torna-se evidente que a parte da população nacional registada nas categorias “empregador” e “trabalhador por conta própria” (26% em média no período 1992-1998) é muito inferior à registada nestas mesmas categorias para os residentes europeus (42%) e brasileiros (30%). Pelo contrário, a percentagem da população nacional registada nas categorias mencionadas é muito superior à registada no caso dos PALOP (neste caso a percentagem varia entre o 1% para os cabo-verdianos e os 15% para os cidadãos moçambicanos) 31 . Em síntese, a estrutura da situação na profissão da população portuguesa situa-se entre a estrutura verificada nos casos dos europeus e brasileiros e a estrutura registada para as pessoas originárias dos PALOP. A explicação para estes resultados deriva parcialmente da estrutura ocupacional dos grupos estrangeiros, sobre a qual nos passamos a deter de seguida. [35] 30 Os dados referem-se ao período de 1992 a 1998, e incluem os trabalhadores familiares não remunerados de modo a tornar os números comparáveis. 31 A singularidade do resultado apurado no caso dos cidadãos de Moçambique pode ser em parte atribuída ao peso que as pessoas de origem hindu têm na população moçambicana residente em Portugal. Trata-se, com efeito, de um grupo em que a ligação a actividades comerciais tem sido amplamente confirmada (ver, por exemplo, Bastos, 1990; Freitas e Castro, 1993; e Malheiros, 1996).
Page 1: FUNDAÇÃO LUSO-AMERICANA IMIGRAÇ
Page 4 and 5: EDIÇÃO Fundação Luso-Americana
Page 6 and 7: 5.4.3. Casamentos entre Portugueses
Page 9 and 10: INTRODUÇÃO A dispersão generaliz
Page 11 and 12: Só sendo capaz de responder politi
Page 13 and 14: dencial e das condições de vida d
Page 15: IMIGRAÇÃO E POLÍTICA O CASO PORT
Page 18 and 19: no país, de nacionais portugueses
Page 20 and 21: 8 Serviço de Estrangeiros e Fronte
Page 22 and 23: 13 Há um sério problema metodoló
Page 24 and 25: 14 Foi assim, por exemplo, que o vi
Page 26 and 27: 18 A Lei 59/93 não previa este tip
Page 28 and 29: 20 É de notar que, neste caso, os
Page 30 and 31: 21 A mera realização destes proce
Page 32 and 33: juridicamente, e com efeito retroac
Page 34 and 35: 28 Por exemplo, o Pacto Internacion
Page 38 and 39: 32 É impossível ser-se rigoroso n
Page 40 and 41: que os vai ajudar a conseguir empre
Page 42 and 43: 36 É importante observar a enorme
Page 44 and 45: número de estrangeiros cujo abando
Page 46 and 47: 4. MEDIDAS DE INTEGRAÇÃO PÚBLICA
Page 48 and 49: A Lei 134/99 prevê também a cria
Page 50 and 51: exclusão e à pobreza. Para além
Page 52 and 53: casos deveu-se à suspensão da aut
Page 54 and 55: 37 Compete a estes organismos a res
Page 56 and 57: 41 Resolução do Conselho de Minis
Page 58 and 59: ção de livros e manuais didáctic
Page 60 and 61: guesa. Elas são, por isso, abrangi
Page 62 and 63: trata-se de um programa concebido c
Page 64 and 65: gem de imigrantes dos PALOP a viver
Page 66 and 67: Por outras palavras, este conjunto
Page 68 and 69: minais (Seabra, 1999), é constante
Page 70 and 71: são sempre mais baixas no que resp
Page 72 and 73: 47 Este estudo tem a sua principal
Page 74 and 75: efeito, todos os programas e projec
Page 76 and 77: Em estudos anteriores (Baganha, 199
Page 78 and 79: autárquicas foram em 1997, será d
Page 80 and 81: 52 Consideramos aqui como interétn
Page 82 and 83: Como se disse na introdução ao pr
Page 84 and 85: 55 Para uma ilustração bem recent
Page 86 and 87:
mento do programa “Educação Int
Page 88 and 89:
7. CONCLUSÃO Em conclusão, até
Page 90 and 91:
terá pelo menos nos níveis verifi
Page 92 and 93:
Embora se possa argumentar que o no
Page 95 and 96:
Nota: Em Portugal só a partir de 1
Page 97 and 98:
Tabela 4 População estrangeira em
Page 99 and 100:
Tabela 8 População activa estrang
Page 101 and 102:
Tabela 11 População activa estran
Page 103 and 104:
Figura 1 Taxas de diplomação das
Page 105 and 106:
Tabela 16 Beneficiários do Rendime
Page 107 and 108:
Tabela 20 População estrangeira n
Page 109 and 110:
Tabela 24 Principais crimes da popu
Page 111 and 112:
Tabela 29 Casamentos entre Portugue
Page 113 and 114:
Lista de informadores-chave • Té
Page 115 and 116:
BAGANHA, Maria Ioannis B., “Immig
Page 117 and 118:
ESTEVES, Maria do Céu (ed.), Portu
Page 119 and 120:
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, Sumários
Page 121:
SASSEN, Saskia, “Economic Interna
show all

Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?