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Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana

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de 1981, vol. 1, p. 207); não obstante esse facto, os dados<br />

do SEF relativos a 1990 davam conta de menos de 1% de<br />

indivíduos para esse mesmo intervalo etário.<br />

Em nossa opinião (e independentemente de possíveis erros<br />

em ambas as fontes), o enorme diferencial que se observa<br />

entre a estrutura de idade de 1981 e a de inícios dos anos 90<br />

deve-se em grande parte à existência de duas vagas migratórias<br />

diferentes. A primeira delas, que ocorreu entre 1975 e<br />

1980, durante o processo de independência das antigas colónias,<br />

implicou frequentemente a deslocação do núcleo familiar.<br />

A segunda vaga começou a tomar forma a partir de meados<br />

da década de 80 e foi essencialmente constituída por<br />

migrantes económicos que por norma não trazem consigo as<br />

respectivas famílias.<br />

Dado o peso do grupo de idades com 65 e mais anos na<br />

estrutura etária da população europeia residente, seria razoável<br />

esperar que este grupo evidenciasse a taxa de inactividade<br />

mais elevada de todos os grupos estrangeiros. Além disso, é<br />

do “conhecimento comum” que este grupo é composto essencialmente<br />

por reformados do Reino Unido, da Alemanha e<br />

dos países escandinavos, atraídos para uma região de clima<br />

ameno onde possam passar “o ocaso das suas vidas”. Como<br />

muitas vezes acontece, porém, os estereótipos não são confirmados<br />

pela realidade. De facto, os imigrantes europeus<br />

apresentam taxas de inactividade mais baixas do que as observadas<br />

para a população nacional 11 (sendo que a taxa de inactividade<br />

nacional foi, em média, de 51% durante o período<br />

1992-1998 12 ) (Tabela 5).<br />

Em comparação com a população nacional inactiva, a<br />

população estrangeira encontra-se sobre-representada nas categorias<br />

“domésticas” e “estudantes”, e subrepresentada nas<br />

[19]<br />

11 Os dois outros<br />

grupos<br />

de imigrantes<br />

com taxas<br />

de inactividade<br />

inferiores<br />

à média nacional<br />

são os cabo-<br />

-verdianos<br />

e os guineenses.<br />

12 Os dados<br />

referentes<br />

à caracterização<br />

económica<br />

dos imigrantes<br />

só se encontram<br />

publicados<br />

até 1998.

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