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Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana

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peita a infra-estruturas e a recursos humanos, facto que pode<br />

eventualmente restringir a escolha dos programas a ser implementados<br />

56 . Diversos estudos recentes salientaram o impacto<br />

negativo que pode advir desta dependência, nomeadamente<br />

em termos da distorção dos objectivos e propósitos efectivamente<br />

perseguidos por aquelas organizações 57 .<br />

Com base nesta evidência, a segunda recomendação que aqui<br />

se faz vai no sentido de que o Terceiro Sector português<br />

deverá encontrar formas para obter uma maior ligação à sociedade<br />

civil e para diversificar as suas fontes de financiamento,<br />

de modo a ser capaz de prosseguir os seus objectivos de uma<br />

maneira mais autónoma.<br />

Terceira Recomendação<br />

Como resulta de tudo o que ficou exposto, parece razoável<br />

depreender que os portugueses são receptivos às transferências<br />

culturais. Sendo assim, são de recomendar vivamente todas as<br />

acções que possam contribuir para diversificar o panorama cultural<br />

português, trazendo para o quotidiano social português<br />

aspectos culturais específicos de certos grupos étnicos minoritários.<br />

Foi esse, por exemplo, o caso do programa Batoto Yetu –<br />

Portugal, uma iniciativa que é uma excelente ilustração daquilo<br />

que constitui uma “boa prática”. Estes tipos de programas e de<br />

acções podem contribuir para a gradual formação de uma sociedade<br />

multicultural, em que as identidades culturais das minorias<br />

étnicas façam parte integrante de um conjunto mais vasto<br />

de identidades culturais que os cidadãos a residir em Portugal<br />

– sejam homens, mulheres, cidadãos portugueses ou estrangeiros<br />

– podem escolher e assumir como suas.<br />

[85]<br />

56 É o caso,<br />

por exemplo,<br />

do Secretariado<br />

Coordenador das<br />

Associações para<br />

a Legalização,<br />

que recebe do<br />

Governo um<br />

subsídio anual.<br />

57 Cf. Lopes,<br />

2000.

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