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Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana

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cado de trabalho português. Este resultado afigura-se especialmente<br />

interessante. Infelizmente, a circunstância de as<br />

observações disponíveis se circunscreverem a um período de<br />

quatro anos impede a produção de inferências seguras a partir<br />

deste facto, que no entanto é, sem dúvida, merecedor de<br />

uma atenção futura mais aprofundada.<br />

3.2. Diferenciação “Étnica” no Sistema de Ensino<br />

Com a criação, em 1991, de uma base de dados dos alunos<br />

matriculados no ensino público – gerida pelo grupo de trabalho<br />

“Entre Culturas” (Cordeiro, 1997: 17) –, passou a ser<br />

possível reunir dados que podem ser usados como indicadores<br />

da existência ou não de diferenciação “étnica” no sistema<br />

de ensino, a partir de dois indicadores: o abandono<br />

escolar e as taxas de diplomação 35 .<br />

Em 1997, os filhos de pais estrangeiros representavam 4,7%<br />

do conjunto da população estudantil de Portugal continental<br />

36 . Como seria de esperar, devido à própria distribuição<br />

geográfica dos imigrantes, os estudantes filhos de pais estrangeiros<br />

concentravam-se sobretudo nos distritos de Lisboa e<br />

Setúbal, onde representavam 10,5% da população escolar.<br />

Quanto às áreas geográficas de origem dos alunos filhos de<br />

pais estrangeiros, elas eram, por ordem decrescente, as seguintes:<br />

Angola, Cabo Verde, Europa (União Europeia apenas),<br />

Moçambique, Brasil, Guiné-Bissau, e São Tomé e Príncipe.<br />

No seu conjunto, estes constituíam 82% do número total de<br />

estudantes filhos de pais estrangeiros (Tabela 12). Decompondo<br />

estes números por níveis de escolaridade vemos, no entanto,<br />

que o peso relativo de cada um dos grupos varia consoante<br />

[39]<br />

35 Note-se que<br />

o “Entre Culturas”<br />

adopta um<br />

conceito étnico<br />

em que<br />

a nacionalidade<br />

dos pais assume<br />

uma importância<br />

maior do que<br />

a dos filhos. Tal<br />

conceito diverge<br />

do conceito de<br />

imigrante<br />

seguido no<br />

presente trabalho<br />

e, também,<br />

do conceito de<br />

minorias étnicas<br />

proposto, já que<br />

o “Entre Culturas”<br />

define a etnia<br />

em função<br />

da nacionalidade<br />

dos pais.

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