Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana
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mento do programa “Educação Intercultural” foi bem empregue<br />
quando foi canalizado para alimentar jovens alunos, não<br />
é menos verdade que o referido programa terá sido concebido<br />
sem o concreto conhecimento prévio da população-alvo<br />
e que os seus principais objectivos acabaram por ser completamente<br />
desvirtuados.<br />
Num país que tem a percentagem mais elevada de população<br />
pobre da UE (25%), a população activa com menores<br />
habilitações (dois terços com habilitações iguais ou inferiores<br />
à escolaridade obrigatória), e um Estado-providência frágil<br />
e de formação ainda recente, os recursos públicos serão<br />
sempre escassos em face da dimensão dos problemas sociais<br />
existentes e do aumento crescente das expectativas da população.<br />
Neste contexto, a primeira recomendação que se impõe<br />
como óbvia é que haja um planeamento cuidadoso e competente<br />
das políticas e uma avaliação externa rigorosa e profissional<br />
da sua concretização e eficácia.<br />
Segunda Recomendação<br />
Já vimos que as ONG de âmbito tanto local como nacional<br />
desempenham um papel significativo enquanto parceiros<br />
no desenvolvimento de políticas para a imigração, quer actuando<br />
como grupos de pressão, quer assumindo a responsabilidade<br />
pela concretização de projectos visando a inclusão social, gerindo<br />
elas próprias, em muitos casos, serviços de aconselhamento<br />
jurídico e social dirigidos às necessidades específicas da população<br />
imigrante. Mas as ONG e as demais organizações a trabalhar<br />
na área da imigração e das minorias étnicas dependem<br />
esmagadoramente do apoio financeiro do Estado no que res-<br />
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