Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana
Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana
Parte A Panorama Descritivo - Fundação Luso-Americana
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
são factores que explicam a baixa percentagem de cidadãos<br />
estrangeiros registados no sistema de segurança social.<br />
Segundo o Inquérito ao Emprego para os anos de 1992 a<br />
1995, os cidadãos oriundos dos PALOP são contínua e substancialmente<br />
mais excluídos da segurança social do que os<br />
restantes imigrantes 49 . A mesma fonte indica ainda que a<br />
proporção de mulheres imigrantes – sobretudo dos PALOP –<br />
a trabalhar com contratos permanentes e oficialmente inscritas<br />
na segurança social é muito maior que a proporção<br />
de homens em idêntica situação. Assim, em 1995, por exemplo,<br />
a proporção de imigrantes dos PALOP com contrato<br />
permanente era de 56% do sexo masculino contra 70% do<br />
sexo feminino; e quanto aos números de inscritos na segurança<br />
social, a distribuição era de 70% para os homens e<br />
94% para as mulheres (INE, Inquérito ao Emprego, 1992-<br />
-1995). No entanto, deve sublinhar-se novamente o facto<br />
de o referido Inquérito ao Emprego apresentar erros de<br />
amostragem muito elevados nas características da população<br />
estrangeira.<br />
Os dados não publicados do Sistema de Segurança Social<br />
apontam para um grau de inclusão no sistema muito menor<br />
do que o estimado pelo Inquérito ao Emprego. Assim, para<br />
o ano de 1995, a taxa de inscrição de cidadãos estrangeiros<br />
no Sistema de Segurança Social cifrava-se em 38,6%.<br />
Estrangeiros inscritos no Sistema de Segurança Social português, 1995<br />
Estrangeiros inscritos no Sistema de Segurança Social<br />
1995<br />
32 566<br />
Estrangeiros activos 84 383<br />
Taxa de inscrição 38.6<br />
Fonte: Sistema de Segurança Social (dados não publicados).<br />
[73]<br />
49 Não obstante<br />
os dados do<br />
Inquérito ao<br />
Emprego para os<br />
anos de 1992<br />
a 1995<br />
apresentarem<br />
uma cobertura<br />
extremamente<br />
deficiente da<br />
população visada,<br />
bem como uma<br />
baixa fiabilidade<br />
das estimativas<br />
no que respeita<br />
à quase totalidade<br />
das categorias<br />
observadas,<br />
é possível,<br />
em todo o caso,<br />
deles retirar<br />
alguns<br />
indicadores<br />
importantes.