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Espécies Exóticas Invasoras no Nordeste do Brasil - Cepan

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espécie exótica invasora que mais consome águae, portanto, prioritária para controle <strong>no</strong> país.A disseminação das espécies exóticasinvasoras vem causan<strong>do</strong> grandes da<strong>no</strong>seconômicos (Gisp, 2005). Uma estimativa feitaem 2005 mostrou que as espécies exóticasinvasoras custam aos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s mais de120 bilhões de dólares por a<strong>no</strong> (Pimentel et al.,2005). Em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, as perdas naagricultura são estimadas em até 248 bilhões dedólares por a<strong>no</strong> (Bright, 1999).No <strong>Brasil</strong>, apesar de ainda haverrelativamente pouca informação disponívelsobre o assunto, as perdas agrícolas anuaisrelacionadas a algas, ácaros e plantas exóticasinvasoras em lavouras estão em tor<strong>no</strong> de 42,6bilhões de dólares (Pimentel et al., 2001). Essenúmero tende a subestimar a gravidade <strong>do</strong>problema, pois não estão computa<strong>do</strong>s impactosambientais, extinção de espécies, perda deserviços ambientais, custos de prevenção econtrole e custos deriva<strong>do</strong>s de problemas desaúde humana. Para se ter uma ideia, em 2002 oMinistério da Saúde gastou 1 bilhão de reais <strong>no</strong>programa de controle da dengue, <strong>do</strong>s quais 85%foram emprega<strong>do</strong>s na vigilância e <strong>no</strong> controle <strong>do</strong>mosquito (Braga e Valle, 2007).Custos origina<strong>do</strong>s por espécies exóticasinvasoras podem ser claramente observa<strong>do</strong>squan<strong>do</strong> produtos específicos são afeta<strong>do</strong>s. Aprodução <strong>do</strong> algodão (Gossypium sp.), porexemplo, cultiva<strong>do</strong> em vários esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>,vem decrescen<strong>do</strong> <strong>no</strong>s últimos 15 a<strong>no</strong>s em váriaspartes, principalmente devi<strong>do</strong> à invasão <strong>do</strong>bicu<strong>do</strong>-<strong>do</strong>-algo<strong>do</strong>eiro (Antho<strong>no</strong>mus grandis)(Reaser et al., 2005). Esse besouro foi detecta<strong>do</strong>pela primeira vez em 1983 <strong>no</strong>s esta<strong>do</strong>s de SãoPaulo e da Paraíba, a partir de onde a suadispersão para a maioria das áreas produtorasfoi incrivelmente rápida. Em me<strong>no</strong>s de 10 a<strong>no</strong>s,to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s brasileiros produtores dealgodão já estavam invadi<strong>do</strong>s (Lukefahr et al.,1994).<strong>Espécies</strong> exóticas invasoras também causamimpactos aos ecossistemas, uma vez quemodificam os ciclos ecológicos naturais, afetan<strong>do</strong>os serviços por eles presta<strong>do</strong>s. A algaroba(Prosopis juliflora), introduzida na Caatinga,12

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