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Espécies Exóticas Invasoras no Nordeste do Brasil - Cepan

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Faraco e Lacerda, 2004), a exemplo da ReservaBiológica União, em Casimiro de Abreu, <strong>no</strong> Riode Janeiro, área importante para a conservação<strong>do</strong> mico-leão-<strong>do</strong>ura<strong>do</strong>.Ratazana, rato-marrom – Rattus <strong>no</strong>rvegicusAlgumas espécies de rato são comensais dehuma<strong>no</strong>s e têm si<strong>do</strong> introduzidas onde o homemtem chega<strong>do</strong> e se estabeleci<strong>do</strong>. Essas espécies sedispersaram por toda a Europa entre os séculosXVI e XVIII e hoje estão em to<strong>do</strong>s os continentes,exceto na Antártica (Myers e Armitage, 2004).Foram introduzidas acidentalmente em diversospaíses através <strong>do</strong>s navios de explora<strong>do</strong>res ecoloniza<strong>do</strong>res europeus e certamente foramresponsáveis pela extinção de várias espécies emilhas de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> (Amori e Clout, 2003). No<strong>Brasil</strong>, a ratazana supostamente chegou com osprimeiros explora<strong>do</strong>res europeus. As principaisespécies de rato comensal e invasor são o ratopreto(Rattus rattus), a ratazana (R. <strong>no</strong>rvegicus) eo camun<strong>do</strong>ngo (Mus musculus).A ratazana é a maior das 3 principais espéciesde rato invasor e pode ocorrer onde houvercomida e abrigo, sen<strong>do</strong> muito frequente nasredes de esgoto e <strong>no</strong>s porões de edifícios (Gisp,2005; Myers e Armitage, 2004). Hácaracterísticas na ratazana que podemexplicar sua alta capacidade de invasão esua facilidade de estabelecimento. Aprimeira é que a espécie é capaz de sealimentar de quase tu<strong>do</strong>. Nas cidades,alimenta-se principalmente de restos decomidas das pessoas, mas em ambientesnaturais pode se alimentar de matériaorgânica vegetal (de folha a raiz) e animal(de mamíferos a zooplânctons), fungos edetritos em geral (Gisd, 2009; Myers eArmitage, 2004).A ratazana tem atividade principalmente<strong>no</strong>turna, é ótima nada<strong>do</strong>ra (por isso tambémconhecida por rato-d’água) e tem altacapacidade para aprender rotas que levam alugares ricos em alimentos. Os maioresindivíduos podem atingir 40 cm de comprimentoe até 500 g de peso. Podem aumentar apopulação rapidamente, reproduzin<strong>do</strong>-se até 7vezes por a<strong>no</strong>, com perío<strong>do</strong> de gestação deaproximadamente 23 dias. Uma única fêmeapode gerar 60 filhotes por a<strong>no</strong>, que podem sercuida<strong>do</strong>s em ninhos compartilha<strong>do</strong>s; isto é, se amãe é morta, outras fêmeas continuam a cuidar<strong>do</strong>s filhotes, que se tornam independentes após4 ou 5 semanas (Myers e Armitage, 2004).Como nas invasões por ratos frequentementemais de uma espécie está envolvida, é difícildiferenciar o impacto causa<strong>do</strong> por cada espécie.De uma forma geral, foi estima<strong>do</strong> que cadaindivíduo adulto de rato invasor <strong>no</strong>s Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s gera um custo ao país de 15 dólares pora<strong>no</strong>. Soman<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os ratos <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,o custo total seria de mais de 19 bilhões dedólares ao a<strong>no</strong> (Pimentel et al., 2005). Partedesse alto custo é resultante de da<strong>no</strong>s emculturas agrícolas, contaminação de reservas dealimentos por fezes e urina e da<strong>no</strong>s a cabos48

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