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Espécies Exóticas Invasoras no Nordeste do Brasil - Cepan

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Thiago “TH”Prochilodus brevis, Leporinus sp. e Hopliasmalabaricus, bem como da espécie introduzidaPlagioscion squamosissimus (pescada-branca) —espécie mais frequente <strong>no</strong> reservatório antes daintrodução da tilápia-<strong>do</strong>-nilo (Menescal, 2002).Tucunaré – Cichla ocellaris e Cichla spp.Existem 15 espécies <strong>do</strong> gênero Cichla, todaspopularmente conhecidas por tucunaré eocorren<strong>do</strong> originalmente nas bacias <strong>do</strong>s riosAmazonas, Tocantins e Ori<strong>no</strong>co (Kullander eFerreira, 2006). Nas outras partes da América <strong>do</strong>Sul onde também ocorre, o tucunaré não énativo, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> introduzi<strong>do</strong> pelo homem. Esseé o caso nas regiões <strong>Nordeste</strong>, Sudeste e Sul <strong>do</strong><strong>Brasil</strong>.Embora já esteja amplamente disperso <strong>no</strong><strong>Brasil</strong>, a taxa de introdução <strong>do</strong> tucunaré embacias onde não é nativo é crescente, sobretu<strong>do</strong>por causa <strong>do</strong>s programas de estocagem de peixes(peixamento), escapes acidentais da aquicultura,<strong>do</strong> controle biológico de espécies indesejadas eincremento da pesca esportiva (Latini et al.,2004; Agostinho et al., 2005; Alves et al. 2007).Agravante para esse cenário é o poder <strong>do</strong>tucunaré de mudar drasticamente a estrutura dacomunidade biológica na qual se estabelece,poden<strong>do</strong> provocar a extinção de até 50% dasespécies de peixes nativos (Zaret e Paine, 1973;Alves et al., 2007). Dentre os peixes maisintroduzi<strong>do</strong>s em bacias hidrográficas brasileiras,o tucunaré certamente é um <strong>do</strong>s que maisameaçam a biodiversidade (Latini et al., 2004;Agostinho et al., 2005; Alves et al. 2007).Uma das primeiras introduções de tucunaréregistradas ocorreu <strong>no</strong> município deMaranguape, Ceará, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1939. No<strong>Nordeste</strong>, a introdução <strong>do</strong> tucunaré vem sen<strong>do</strong>feita em grande escala, de forma que é a quartaespécie de peixe mais produzida e distribuídapelo D<strong>no</strong>cs <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2002, e a segunda espéciede peixe (depois da tilápia-<strong>do</strong>-nilo) maiscapturada <strong>no</strong>s açudes públicos <strong>do</strong> <strong>Nordeste</strong> —11% das capturas (Paiva et al., 1994 apud Soareset al., 2007).O tucunaré é um preda<strong>do</strong>r piscívoro quetende a ocupar o topo da cadeia alimentar <strong>no</strong>slagos onde é introduzi<strong>do</strong> (Latini et al., 2004).Isso faz com que a espécie seja introduzida para43

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