O entendimento da sociedade sobre adiferenciação entre espécies exóticas invasoras eespécies nativas, assim como sobre o potencialde utilização das nativas, é fundamental para queatividades de prevenção e controle possamprosperar em to<strong>do</strong>s os níveis.Assim, recomenda-se, por exemplo,incorporar o tema invasões biológicas <strong>no</strong>scurrículos escolares e profissionais, bem comoinformar o público em geral sobre a temáticarelativa às espécies exóticas invasoras, o que sãoe quais os problemas e impactos causa<strong>do</strong>s aoambiente, à saúde humana e animal e àeco<strong>no</strong>mia e de que forma as pessoas podemcontribuir para a mitigação <strong>do</strong>s problemas etópicos decorrentes. São indica<strong>do</strong>s, também, arealização de campanhas na mídia, o apoio apublicação de livros, folhetos e cartilhas e oincentivo à geração e divulgação deconhecimento científico <strong>no</strong> tema. Esse últimoponto é especialmente importante para acontínua atualização <strong>do</strong> sistema de informaçãosobre espécies exóticas invasoras <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.Base legal e estrutura institucionalAlém da Estratégia Nacional sobre <strong>Espécies</strong><strong>Exóticas</strong> <strong>Invasoras</strong> (Resolução Conabio nº 5, de21 de outubro de 2009), já existem, na legislaçãofederal brasileira, instrumentos referentes aespécies exóticas, tais como a Lei <strong>do</strong> SistemaNacional de Unidades de Conservação (Lei nº9.985/00) e a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº9.605/98), que devem ser usadas comoreferência para o trabalho na esfera estadual(Anexo 1).A elaboração de marcos legais estaduais sefaz necessária para regulamentar questõesespecíficas, como, por exemplo, questõestécnicas e sanções administrativas para o cultivoe a criação de espécies exóticas invasoras; paraprojetos de restauração e recuperação de áreasdegradadas e reservas legais; para controle emUnidades de Conservação; e para o uso deespécies em zonas de amortecimento emUnidades de Conservação de uso sustentável,entre outros fins. Exemplos de instrumentoslegais já cria<strong>do</strong>s por esta<strong>do</strong>s como o Paraná e oEspírito Santo estão disponíveis como referência<strong>no</strong> Anexo 1.Muito relevante é a delegação de autoridade aagências ambientais que vão tratar das questõesrelacionadas a espécies exóticas invasoras e acriação de base legal para respaldar o trabalho,assim como o compromisso institucional formalcom o tema. Essa estrutura institucional precisaser reforçada com capacitação técnica para queas ações possam ser implementadas.Capacitação técnicaOs esforços de capacitação devem estardireciona<strong>do</strong>s aos distintos públicos quenecessitam melhorar sua capacidade técnica <strong>no</strong>tema invasões biológicas, como gerentes deUnidades de Conservação, agentes defiscalização, agentes de inspeção de fronteiras(nacionais e internacionais), portos e aeroportos,representantes <strong>do</strong> Ministério Público, comitêstécnicos atuan<strong>do</strong> em temas de biodiversidade,professores de to<strong>do</strong>s os níveis, organizações nãogovernamentais, profissionais de instituições deensi<strong>no</strong> e outros.87
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