invasão, e por aquelas da classe 3, com o objetivode reduzir ou conter ou eliminar grandesinfestações.Sugere-se que o mesmo raciocínio sejaa<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para os outros critérios, de mo<strong>do</strong> queseja formada uma matriz ou um sistema simplesde priorização. O resulta<strong>do</strong> final obti<strong>do</strong> pelasoma <strong>do</strong>s valores e compara<strong>do</strong> com uma gradede referência pode estabelecer quais são as árease as espécies mais e me<strong>no</strong>s prioritárias paramanejo.Estratégias de manejoSão reconhecidas hierarquicamente 3estratégias para manejo de espécies exóticas quejá têm populações estabelecidas em uma dadaárea: erradicação; contenção e controle; emitigação de impacto. Segue, abaixo, a descrição<strong>do</strong>s objetivos de cada estratégia e a ordem deprioridade em programas de manejo:Prioridade Estratégias de manejo Objetivos1 ErradicaçãoAssegurar que nenhum indivíduo da espécie-alvo existirá aofinal <strong>do</strong> programa.2 Controle e contençãoApesar de alguns indivíduos ainda estarem presentes, osmesmos deverão estar em baixa densidade e/ou em me<strong>no</strong>rnúmero, e/ou com sua distribuição contida.3 Mitigação de impactoMinimizar a severidade <strong>do</strong>s impactos que uma espécieexótica invasora está causan<strong>do</strong>, mais <strong>do</strong> que manejarpopulações da espécie. São ações de curto-prazo e é váli<strong>do</strong>para casos extremos de perda de espécies.A. ErradicaçãoÉ a estratégia mais desejável e mais efetiva,por proporcionar a reabilitação completa <strong>do</strong>ecossistema ou hábitat. Entretanto, a viabilidadede um programa de erradicação deve sercuida<strong>do</strong>samente avaliada, uma vez que se esperaque, ao final da execução <strong>do</strong> programa, nãoexista mais nenhum indivíduo da espécie nempossa ocorrer uma reintrodução. Isso pode serespecialmente complica<strong>do</strong> para espécies deplantas, já que o banco de sementes podemanter-se viável ainda por muito tempo, dan<strong>do</strong>origem a <strong>no</strong>vas plantas mesmo depois que asadultas foram eliminadas. Da mesma forma paraanimais: à medida que o tempo vai passan<strong>do</strong> e aeliminação de indivíduos vai acontecen<strong>do</strong>, tornasemais difícil encontrar os últimos indivíduos deuma população, até se ter a garantia de que sechegou ao último.Sen<strong>do</strong> assim, de maneira geral, diz-se queprogramas de erradicação só são factíveisquan<strong>do</strong> as espécies não têm nenhum tipo de usona região, de mo<strong>do</strong> que não se tenha a chance dereinvasão, e em casos de invasões iniciais e emáreas geográficas isoladas. Ainda nesses casos,os custos são relativamente altos e tambémdevem ser considera<strong>do</strong>s para se determinar afactibilidade de sucesso <strong>do</strong> programa deerradicação. A maior parte <strong>do</strong>s exemplos deprogramas bem-sucedi<strong>do</strong>s de erradicação foifeita em pequenas ilhas, com espécies exóticasinvasoras de vertebra<strong>do</strong>s terrestres.B. Controle, contenção e mitigaçãoUma vez que a invasão de uma espécieexótica em uma dada área ou região é entendidacomo irreversível, as estratégias de controlepodem ser divididas em contenção ou controle81
propriamente dito. A contenção é uma formaespecífica de controle que tem como objetivorestringir a espécie exótica invasora a uma áreageográfica limitada. A população da espécie podeser suprimida por meio de diversos méto<strong>do</strong>smecânicos e químicos ao longo <strong>do</strong>s limites daárea definida. Além disso, os indivíduos queporventura estejam se dispersan<strong>do</strong> para foradessa área devem ser elimina<strong>do</strong>s, e <strong>no</strong>vasintroduções fora da área-alvo devem serprevenidas.Já o controle propriamente dito promove aredução e manutenção da densidade e daabundância da espécie-alvo abaixo de um limiteaceitável, com o objetivo de diminuir osimpactos em um nível tolerável. Nessaestratégia, tem-se como hipótese que asupressão de alguns indivíduos ou de umapopulação da espécie exótica invasora reduzirásua competitividade e, em condições ótimas,espécies nativas podem recuperar seu espaço esubstituir as invasoras.Definir esse limite de manutenção da espéciepode não ser muito fácil, mas deve ser feito antes<strong>do</strong> início da execução <strong>do</strong> programa de controle,sempre ten<strong>do</strong> como base indica<strong>do</strong>resrelaciona<strong>do</strong>s ao seu objetivo final de manejo. Olimite aceitável pode ser medi<strong>do</strong> pelo nível deimpacto sobre o ecossistema invadi<strong>do</strong>, poden<strong>do</strong>ser expresso em termos de distribuição ou dedensidade ou de uma combinação de ambas ascaracterísticas das espécies exóticas invasoraspresentes.Se nenhuma das 3 alternativas de manejopuderem ser utilizadas (erradicação, contenção econtrole), a última opção é tentar mitigar oimpacto provoca<strong>do</strong> pela espécie exótica invasorasobre espécies nativas e ecossistemas. Aestratégia significa encontrar a melhor forma dese conviver com as espécies introduzidas e podeser implementada por meio de ações de manejopontuais e de curto prazo, que são válidas paracasos extremos de perda de espécies. Pode serexemplificada por reintroduções de espéciesnativas e/ou temporadas de pesca de peixesexóticos invasores que tenham elimina<strong>do</strong> porcompleto todas as espécies nativas de um da<strong>do</strong>rio.Uma vez que a estratégia e as prioridades demanejo foram definidas, deve-se partir para aidentificação <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s de controle a seremutiliza<strong>do</strong>s e para a determinação <strong>do</strong>s parâmetrosde monitoramento e repasse a serem aplica<strong>do</strong>s.A partir daí, a execução das ações de erradicaçãoe controle não devem ser postergadas.É fundamental que programas de erradicaçãoe controle sejam implementa<strong>do</strong>s comoatividades emergenciais e que entrem na rotinade manejo de áreas como as Unidades deConservação, mesmo naquelas que não tenhamseus pla<strong>no</strong>s de manejo elabora<strong>do</strong>s ou paraaquelas nas quais os pla<strong>no</strong>s de ação não façamparte <strong>do</strong>s pla<strong>no</strong>s de manejo. Quanto mais otempo passa, mais os processos de invasãotendem a se acentuar, tanto em densidade deindivíduos quanto em extensão, e maiores são asdificuldades e os custos para a solução <strong>do</strong>sproblemas.No caso de Unidades de Conservação, muitos<strong>do</strong>s problemas encontra<strong>do</strong>s, como falta derecursos financeiros, podem ser resolvi<strong>do</strong>s pormeio de soluções simples, como o treinamento eo envolvimento das comunidades locais e <strong>do</strong>sconselhos em atividades práticas voluntárias.Para tanto, é fundamental que os gestores sejamcapacita<strong>do</strong>s para trabalhar com o tema, de mo<strong>do</strong>que tenham base teórica e conhecimento práticopara aplicar <strong>no</strong> campo.Conflitos gera<strong>do</strong>s a partir de interesses emprodução e necessidades de conservação devem82
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