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Espécies Exóticas Invasoras no Nordeste do Brasil - Cepan

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promoverem da<strong>no</strong>s ecológicos e econômicos aosecossistemas dessa região (Corrêa, 1975;Lorenzi, 2008).A conversão de ecossistemas naturais emambientes antropiza<strong>do</strong>s, como áreas urbanas oudestinadas à agropecuária, aumenta adisponibilidade de recursos limita<strong>do</strong>s e geraconstantes oportunidades para a colonização deespécies e para o crescimento populacional deespécies tolerantes às <strong>no</strong>vas condições impostas(Hobbs, 2000). D’Antonio e Meyerson (2002)afirmam que espécies exóticas invasoras tendema ser as primeiras a recolonizar ambientes apósdistúrbios, agin<strong>do</strong> como espécies pioneiras,mesmo quan<strong>do</strong> não estavam presentes nacomunidade antes, e, a partir daí, devem alteraros processos sucessionais.<strong>Espécies</strong> das famílias Poaceae e Fabaceae sãograndes coloniza<strong>do</strong>ras de áreas degradadas eantropizadas. Acredita-se que por característicasexpressas por fatores fisiológicos, tais como afotossíntese C4 nas plantas da família Poaceae ea fixação de nitrogênio nas plantas da famíliaFabaceae, determinantes para a colonizaçãobem-sucedida em locais com alta incidência deradiação solar e com solo pobre em nutrientese/ou matéria orgânica. Essas famílias tambémsão as mais representativas dentro <strong>do</strong> universode plantas exóticas invasoras <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.Devi<strong>do</strong> à rápida expansão e à grande área deocupação das gramíneas na Região <strong>Nordeste</strong>,tornam-se necessárias estratégias de manejo econtrole para minimizar os da<strong>no</strong>s causa<strong>do</strong>s pelasespécies exóticas após seu estabelecimento emáreas naturais e seminaturais. Por outro la<strong>do</strong>, aerradicação completa geralmente não é possívelpara as espécies exóticas invasoras jáamplamente difundidas e constantementeutilizadas. Então, o desenvolvimento de práticaspara a redução da expansão e o estabelecimentode <strong>no</strong>vas populações e, consequentemente, <strong>do</strong>sseus impactos negativos <strong>no</strong> ambiente sãoconsidera<strong>do</strong>s como medidas alternativas decontrole das espécies exóticas invasoras (IUCN,2000).Seguem, abaixo, informações sobre algumasdas gramíneas exóticas invasoras presentes emáreas naturais da Região <strong>Nordeste</strong>.Capim-búfalo – Cenchrus ciliarisConhecida popularmente como capim-búfalo,essa espécie, originária da África, <strong>do</strong> OrienteMédio e da Índia, foi introduzida <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> em1952, em São Paulo, objetivan<strong>do</strong>-se a produçãode forragem e pasto para criações de ga<strong>do</strong>(Instituto Hórus, 2009). Como não se obtevesucesso em São Paulo, foi levada para a Região<strong>Nordeste</strong>, onde atualmente é considerada aespécie de maior potencial forrageiro.Atualmente, há registros de invasão da espécieem to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s da Região <strong>Nordeste</strong> <strong>do</strong><strong>Brasil</strong>, principalmente em áreas de Caatinga.A espécie é utilizada para incrementar aprodução pecuária nas áreas tropicais esubtropicais secas das Américas (Gisp, 2005) efacilmente tende a se alastrar para as áreas quecircundam os locais de pastagem, onde costumaalimentar incêndios, geralmente não tolera<strong>do</strong>spelas espécies nativas (Gisp, 2005; InstitutoHórus, 2009). Adicionalmente, há evidência deação alelopática, uma vez que lixivia<strong>do</strong>s de folhase raízes dessa espécie reduziram as taxas degerminação das sementes e o comprimento daraiz de espécies nativas (Nurdin e Fulbrigth,1990).71

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