GISP 2005elétricos e telefônicos (Gisd, 2009; Gisp, 2005).Impactos na saúde humana também são degrande relevância. Doenças associadas aos ratos,como a peste bubônica, já mataram maishuma<strong>no</strong>s que todas as guerras juntas. Os ratos,sobretu<strong>do</strong> a ratazana, podem causar impactos nacomunidade de plantas através da destruição desementes e plântulas, dificultan<strong>do</strong> a regeneraçãode muitas espécies (Gisd, 2009; Amori e Clout,2003). Alguns exemplos mostram que o impactona fauna nativa é um desastre. São conhecidaspelo me<strong>no</strong>s 53 espécies de aves predadas pelaratazana, e isso certamente foi a causa daextinção de várias espécies em ilhas. Na Paraíba,<strong>no</strong> município de Intermares, foi registrada apredação, pela ratazana, de ovos e filhotes detartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata),espécie criticamente ameaçada de extinçãosegun<strong>do</strong> a União Internacional para Conservaçãoda Natureza (IUCN), 2008; Gisd, 2009; Zeppeliniet al. 2007). Há diversos casos que relacionam aextinção de espécies em ilhas com a invasão deratos (Amori e Clout, 2003).No <strong>Brasil</strong>, a Instrução Normativa nº 141, de19 de dezembro de 2006, reconhece as 3principais espécies de rato invasor (Rattusrattus, R. <strong>no</strong>rvegicus e Mus musculus) comocomponentes da fauna sinantrópica <strong>no</strong>civa eregulamenta o seu manejo e controle.ovos resistentes à dessecação (Lounibos, 2002;Honório et al., 2009). É o principal vetor dadengue e da febre amarela <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e por issotem si<strong>do</strong> alvo de controle através de grandescampanhas de saúde <strong>no</strong> País (Braga e Valle,2007).A espécie já foi eliminada 2 vezes <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>(1955 e 1976), mas se restabeleceu em seguida(Braga e Valle, 2007) devi<strong>do</strong> à insuficiência demedidas preventivas a <strong>no</strong>vas introduções —sobretu<strong>do</strong> <strong>no</strong> transporte de merca<strong>do</strong>rias epessoas. Hoje, o mosquito-da-dengue ainda éfoco de uma das principais campanhas de saúde<strong>no</strong> País; <strong>no</strong> entanto, desde 2001 o gover<strong>no</strong>aban<strong>do</strong><strong>no</strong>u a meta de erradicar o mosquito epassou a trabalhar com o objetivo de controlá-lo(Braga e Valle, 2007).O custo de controle <strong>do</strong> mosquito-da-dengue éaltíssimo. Em 2002, o Ministério da Saúdeinvestiu 1 bilhão de reais <strong>no</strong> programa decontrole da dengue, <strong>do</strong>s quais 85% foramemprega<strong>do</strong>s na vigilância e <strong>no</strong> controle <strong>do</strong>mosquito. Em 2003, esse custo foi de 790milhões de reais, emprega<strong>do</strong>s basicamente emcusteio, compra de equipamentos e inseticidas,manutenção e capacitação de pessoal e ações decomunicação social (Braga e Valle, 2007).Mosquito-da-dengue – Aedes aegyptiA espécie Aedes aegypti é protagonista deuma ampla e bem-sucedida invasão ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. Provavelmente originária <strong>do</strong> oeste daÁfrica, acredita-se que foi introduzida <strong>no</strong> NovoMun<strong>do</strong> entre os séculos XV e XVII a bor<strong>do</strong> denavios negreiros e continua a ser dispersa aore<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> em navios conten<strong>do</strong>Caso uma estratégia preventiva integradativesse si<strong>do</strong> implementada, envolven<strong>do</strong> setores49
<strong>do</strong> meio ambiente e da saúde, certamente o custodas ações seria mais baixo, e a chance de sucessoem evitar a entrada <strong>do</strong> mosquito teria si<strong>do</strong>maior. Dessa forma, fica clara a importância dese trabalhar integradamente com prevenção, eisso ainda é possível em algumas regiões <strong>do</strong><strong>Brasil</strong>, onde o mosquito não está presente.A A. aegypti ocorre quase exclusivamente <strong>no</strong>ambiente peri<strong>do</strong>méstico e preferencialmente emreservatórios artificiais com água limpa, sen<strong>do</strong>mais rara a ocorrência em reservatóriosnaturais, como tanques de bromélias, mesmoque próximos às casas (Lourenço de Oliveira etal., 2004). O interior da floresta não parece serum ambiente favorável à A. aegypti, embora aespécie também possa aí ocorrer. Na Floresta daTijuca, <strong>no</strong> Rio de Janeiro, a A. aegypti nãooviposita a uma distância maior <strong>do</strong> que 100metros das casas adentran<strong>do</strong> na floresta(Lourenço de Oliveira et al., 2004).No entanto, outra espécie de mosquito-dadenguecongenérica, a Aedes albopictus, temmaior capacidade para se desenvolver <strong>no</strong>ambiente florestal e vem amplian<strong>do</strong> suadistribuição ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> nas últimas duasdécadas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> registrada <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> pelaprimeira vez em 1986 (Honório et al., 2009).Como também é vetor da dengue, é crescente apreocupação com a invasão dessa espécie.Interessante é que a invasão da A. albopictus temsi<strong>do</strong> relacionada a uma redução na abundânciade A. aegypti. A A. albopictus já é consideradauma das 100 piores espécies exóticas invasorasem escala global (Lowe et al., 2000).O cenário de acelera<strong>do</strong> crescimento dapopulação, com urbanização desordenada eprecariedade <strong>no</strong> abastecimento de água, <strong>no</strong>esgotamento sanitário e na coleta de lixo,favorece o aumento da abundância <strong>do</strong> mosquitoe da emergência da dengue (Claro et al., 2004). Oabastecimento precário de água em bairros comme<strong>no</strong>r estrutura força os habitantes a armazenarágua em depósitos <strong>do</strong>mésticos, que são grandescria<strong>do</strong>uros <strong>do</strong> mosquito. Sem coleta e destinaçãoadequada <strong>do</strong> lixo, a tendência é o acúmulo emáreas peri<strong>do</strong>miciliares, que também servem decria<strong>do</strong>uros para o mosquito-da-dengue (Claro etal., 2004).As campanhas de controle da <strong>do</strong>ença têm ti<strong>do</strong>eficiência limitada, e o problema associa<strong>do</strong> àinvasão <strong>do</strong> mosquito tem se mostra<strong>do</strong> complexoe de difícil solução (Claro et al., 2004; Braga eValle, 2007). No nível atual de invasão, umcontrole eficiente <strong>do</strong> mosquito-da-dengue é tãocaro e complexo que não envolve apenas umataque direto ao mosquito, mas depende demelhorias na estrutura e gestão das cidades,sobretu<strong>do</strong> na questão <strong>do</strong> saneamento, da coleta eda destinação <strong>do</strong> lixo (Claro et al., 2004).Pardal – Passer <strong>do</strong>mesticusO pardal, tão comum nas cidades brasileiras,é originário da Europa, Ásia e <strong>do</strong> <strong>no</strong>rte da África.Foi introduzi<strong>do</strong> na América <strong>do</strong> Sul, na América<strong>do</strong> Norte, <strong>no</strong> sul da África, na Austrália e na NovaZelândia. Atualmente, é comum em muitas áreaspovoadas, sen<strong>do</strong> a estreita associação compessoas um <strong>do</strong>s principais motivos de suaproliferação (Gisd, 2009). Normalmente éencontra<strong>do</strong> ao re<strong>do</strong>r de edificações, fazendas ecidades (Gisd, 2009).O pardal foi introduzi<strong>do</strong> voluntariamente nasAméricas. É provável que a primeira introduçãona América <strong>do</strong> Sul tenha ocorri<strong>do</strong> em Bue<strong>no</strong>sAires, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1872 (Gisp, 2005). Na Serra <strong>do</strong>Baturité, <strong>no</strong> Ceará, já ocorre pelo me<strong>no</strong>s desde50
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