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Espécies Exóticas Invasoras no Nordeste do Brasil - Cepan

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8.Diretrizes para o manejo de espécies exóticas invasorasem áreas naturais terrestresAs estratégias para lidar com a problemáticamundial de invasões biológicas ocasionadas porespécies exóticas <strong>no</strong>s mais diversos contextosestão associadas, em primeira instância, àprevenção, detecção precoce e resposta rápida,sen<strong>do</strong> seguidas por estratégias de erradicação econtrole.A prevenção é a primeira linha de defesacontra processos de invasões biológicas,justamente por ser a mais efetiva <strong>do</strong> ponto devista biológico e a que oferece a melhor relaçãocusto-benefício em termos financeiros. Asferramentas e os mecanismos de prevençãodevem ser volta<strong>do</strong>s a impedir ou ao me<strong>no</strong>sreduzir o número de introduções, sejam elasvoluntárias ou acidentais.Conforme disposto na ConvençãoInternacional da Diversidade Biológica (CDB), oPrincípio da Precaução sempre deve seraplica<strong>do</strong>: a não ser que exista evidênciacontundente de que uma espécie não traráda<strong>no</strong>s, deve-se assumir que trará consequênciasindesejáveis. Esse princípio pode ser usa<strong>do</strong> para,por exemplo, a tomada de decisão paraintroduções voluntárias — especialmente deespécies que apresentem histórico de invasãoem outros locais — e para a definição de quaismedidas de manejo serão exigidas para seevitarem introduções acidentais.Caso as iniciativas focadas em prevençãotenham falha<strong>do</strong> e espécies tenham si<strong>do</strong>introduzidas, redes e ações de detecção precocee resposta rápida são fundamentais para seidentificar um <strong>no</strong>vo potencial foco de invasão eerradicá-lo de imediato, sem maiores custos eem um curto intervalo de tempo. A respostarápida para prevenir a introdução, oestabelecimento ou a expansão de espéciesexóticas invasoras é apropriada mesmo se nãohouver certeza de seus impactos em longo prazo(IUCN, 2000).Quan<strong>do</strong> espécies exóticas são introduzidas ese estabelecem em ambientes naturais, asprincipais estratégias de manejo para lidar como problema são a erradicação e o controle, sen<strong>do</strong>que um programa de controle pode sercomposto por medidas para conter a dispersãoda espécie (contenção), reduzir sua abundância esua densidade e/ou mitigar seus impactos.As opções de controle e erradicação devemser avaliadas, e a definição da estratégia demanejo a ser a<strong>do</strong>tada deve ser feita em função daprobabilidade de sucesso, <strong>do</strong>s custos e <strong>do</strong>simpactos negativos atuais e potenciaisprovoca<strong>do</strong>s pela espécie-alvo. Estu<strong>do</strong>s de casosde programas de manejo bem-sucedi<strong>do</strong>s podemser utiliza<strong>do</strong>s como diretrizes, masgeneralizações não devem ser feitas, e cadasituação deve ser avaliada independentementepara a determinação de um programa ou pla<strong>no</strong>de manejo adequa<strong>do</strong> e específico.Em qualquer programa de manejo deespécies exóticas invasoras, é fundamental quese tenha em mente que o objetivo maior e final<strong>do</strong> programa nunca vai ser controlar ouerradicar uma ou mais espécies, mas, sim,77

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