GISP 2005Referências: Anjos e Rocha (2008), Instituto Hórus (2009), Freitas e Silva (2005), Rocha e Anjos (2007), Sazimae Haemig (2006).Tupinambis merianaeTeju, teiúAgDistribuição natural: <strong>Brasil</strong>, Argentina e Uruguai. Ocorre em quase todas as regiões <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> continental,me<strong>no</strong>s na Floresta Amazônica.Impactos: Em Fernan<strong>do</strong> de Noronha, o teiú afeta negativamente populações de aves <strong>no</strong> arquipélago, pois sealimenta de ovos e filhotes de aves. O Projeto Tamar registra a predação de ovos de tartarugas nas épocas dedesova. Essa espécie dispersa sementes de frutos cultiva<strong>do</strong>s, como o cajá e o caju. Alimenta-se de materialvegetal, larvas de insetos, roe<strong>do</strong>res, grilos, gastrópodes, aves marinhas e da lagartixa-mabuia (Mabuyamaculata), endêmica de Fernan<strong>do</strong> de Noronha.Observações: Introdução voluntária de 2casais para controle biológico de roe<strong>do</strong>res em Fernan<strong>do</strong> de Noronha,na década de 1950. O teiú estabeleceu-se na ilha, aumentan<strong>do</strong> sua população e tornan<strong>do</strong>-se invasor. Estimativaspopulacionais chegaram a apontar uma população entre 2 mil e 8 mil indivíduos na ilha principal, numa área de17 km². Estima-se ainda que o potencial de nascimentos por a<strong>no</strong> seja de 18 mil filhotes, cujo estabelecimento éreduzi<strong>do</strong> pelo hábito de canibalismo da espécie, que se alimenta de seus próprios ovos e neonatos. É espécieexótica invasora apenas em Fernan<strong>do</strong> de Noronha e nativa <strong>no</strong> continente. Encontra-se amplamente dispersa emtoda a ilha principal <strong>do</strong> arquipélago, com alta densidade.Referências: Instituto Hórus (2009), Freitas e Silva (2005), GISP (2005).Ag41
6.3.Maiores ameaças de espécies de animaisTilápia-<strong>do</strong>-nilo – Oreochromis niloticusCom ocorrência natural apenas em partes daÁfrica e <strong>do</strong> Oriente Médio (Gisp, 2005), a tilápia<strong>do</strong>-nilojá foi introduzida em pelo me<strong>no</strong>s 85países (Casal, 2006) e está presente <strong>do</strong> <strong>no</strong>rte aosul das Américas, em partes da Europa e <strong>no</strong>sudeste da Ásia (Gisp, 2005; Vitule et al., 2009).É uma das 10 principais espécies da aquiculturaem água <strong>do</strong>ce <strong>no</strong> mun<strong>do</strong> e uma das 4 que maiscausa efeitos ecológicos adversos (Casal, 2006).As mesmas características que a tornam uma dasespécies preferidas para a aquicultura,sobretu<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>Nordeste</strong>, faz com que seja umaespécie com alto poder de invadir e causar da<strong>no</strong>sà comunidade biológica em que é inserida(Attayde et al., 2007).A produção de peixes de água <strong>do</strong>ce <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>está muito associada ao uso de espécies exóticas(Vitule et al., 2009). Para aumentar a produção eoferta de alimento à população humana <strong>no</strong>semiári<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Nordeste</strong>, o D<strong>no</strong>cs iniciou, nadécada de 1930, um programa de peixamento dereservatórios de água <strong>do</strong>ce — isto é, açudes,lagoas, etc. —, por meio <strong>do</strong> qual foramintroduzidas 42 espécies de peixes e crustáceosna Região (Gurgel e Fernan<strong>do</strong>, 1994). Destas, 14espécies de peixes e 1 de camarãoestabeleceram-se com sucesso.A espécie considerada mais produtiva eintroduzida em centenas de reservatórios <strong>do</strong>semiári<strong>do</strong> é a tilápia-<strong>do</strong>-nilo (D<strong>no</strong>cs, 2002). Parase ter uma ideia, em 2002 o D<strong>no</strong>cs distribuiu 20milhões de alevi<strong>no</strong>s de diversas espécies, quetiveram como desti<strong>no</strong> 518 açudes públicos, 950açudes particulares, 56 lagoas, 444 viveiros e 48baterias de tanques-rede (D<strong>no</strong>cs, 2002). Entre asprincipais espécies distribuídas estavam atilápia-<strong>do</strong>-nilo, o tambaqui (Colossomamacropomum) e o tucunaré comum (Cichlaocellaris), todas exóticas e com alto poder deinvasão e de desestruturação de ecossistemasaquáticos.Entre as características da tilápia-<strong>do</strong>-nilo quea tornam uma espécie com alto poder de invasão,estão a alta tolerância a variações ambientais, aalta variedade de alimentos que pode consumir(de zooplânctons a peixes) e a alta taxa decrescimento populacional (Attayde et al., 2007).A tilápia-<strong>do</strong>-nilo pode aumentar rapidamente otamanho da população e se tornar <strong>do</strong>minante,alteran<strong>do</strong> a estrutura da comunidade aquática,reduzin<strong>do</strong> a abundância de microcrustáceosplanctônicos, aumentan<strong>do</strong> a abundância demicroalgas e reduzin<strong>do</strong> a transparência da água(Attayde et al., 2007; Vitule et al., 2009).Em um reservatório na Caatinga <strong>do</strong> RioGrande <strong>do</strong> Norte, por exemplo, foi observa<strong>do</strong>que, após a introdução da tilápia-<strong>do</strong>-nilo, houveredução populacional das espécies nativas42
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5. A Lei nº 9.985/2000, que instit
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