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Fides 18 N2 - Revista do Centro Presbiteriano Andrew Jumper

Revista Fides Reformata 18 N2 (2013)

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Gildásio J. B. <strong>do</strong>s Reis, O Pastor e o Discipula<strong>do</strong><br />

assegura que o processo da multiplicação espiritual continuará na geração<br />

seguinte (1Co 4.14-17; 2Tm 2.1,2; Fp 3.17; 1Co 11.1).<br />

O mestre deve reproduzir na vida <strong>do</strong> aluno a plenitude da vida que ele<br />

desfruta em Cristo. Um discípulo maduro tem de ensinar a outros crentes como<br />

viver uma vida que agrade a Deus, equipan<strong>do</strong>-os a treinar outros e assim por<br />

diante. Para John Sittema, discipular é “reproduzir a si mesmo e sua fé na vida<br />

de outros.” 17<br />

A reprodução é um importante aspecto <strong>do</strong> discipula<strong>do</strong>. É o que podemos<br />

entender <strong>do</strong> termo grego mimeomai (imitar). Como já vimos, esse termo descreve<br />

ou enfatiza a natureza de um tipo de comportamento modela<strong>do</strong> em outra<br />

pessoa. <strong>18</strong> Vemos este aspecto refleti<strong>do</strong> na vida de Paulo. Ele disse: “Irmãos,<br />

sede imita<strong>do</strong>res meus e observai os que andam segun<strong>do</strong> o modelo que tendes<br />

em nós” (Fp 3.17); “O que também aprendestes e recebestes e vistes em mim,<br />

isso praticai” (Fp 4.9). Em 1 Coríntios 11.1 ele insistiu com aqueles irmãos:<br />

“Sejam meus imita<strong>do</strong>res, como eu sou de Cristo”. E aos tessalonicenses<br />

(1Ts 1.6,8) fez um elogio: “Vocês se tornaram nossos imita<strong>do</strong>res e <strong>do</strong> Senhor.<br />

Tornaram-se modelo...”. Imitar a Jesus significa viver sob o mesmo padrão<br />

ético e de santidade proposto por ele.<br />

Lawrence O. Richards faz uma pequena distinção entre educação e educação<br />

cristã. Para ele, a educação cristã deve ter como objetivo dar os passos<br />

semelhantes a Jesus. Ele diz:<br />

A educação geralmente se preocupa em fazer com que as pessoas saibam o que<br />

seus professores sabem. A educação cristã [discipula<strong>do</strong>] quer ajudar as pessoas<br />

a se tornarem o que seus mestres são. A ênfase na vida, que é nosso ponto de<br />

partida para a educação cristã, nos ajuda a ter isso bem claro em mente. Nós<br />

queremos transformação. Nós “ensinamos” a comunicar e edificar a vida de<br />

Deus que é a fé em Cristo implantada firmemente no crente. A educação cristã<br />

quer ajudar no processo de crescimento; no crescimento gradual <strong>do</strong> crente em<br />

direção a Cristo e a uma exteriorização cada vez mais adequada <strong>do</strong> seu caráter.<br />

Essa tarefa única de edificar homens e mulheres para serem iguais a Cristo é:<br />

fazer discípulos. 19<br />

Essa deve ser uma preocupação na prática da mentoria espiritual. O discipula<strong>do</strong>r<br />

não é simplesmente um professor. Ele é alguém que além de informar<br />

também coopera na formação espiritual <strong>do</strong> seu aprendiz, tornan<strong>do</strong>-se assim<br />

uma referência para ele. Porém, devemos sempre lembrar que nenhum disci-<br />

17 SITTEMA, Coração de pastor, p. 173.<br />

<strong>18</strong> Muller, Discípulo, O novo dicionário internacional de teologia <strong>do</strong> Novo Testamento,<br />

Vol. 1, p. 667-669.<br />

19 RICHARDS, Lawrence O. Teologia da educação cristã. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1996,<br />

p. 25.<br />

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