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Fides 18 N2 - Revista do Centro Presbiteriano Andrew Jumper

Revista Fides Reformata 18 N2 (2013)

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Gildásio J. B. <strong>do</strong>s Reis, O Pastor e o Discipula<strong>do</strong><br />

em que encontramos o substantivo poimh,n, referin<strong>do</strong>-se ao ofício pastoral na<br />

igreja, ocorre aqui em Efésios 4.11,12, numa estreita dependência <strong>do</strong> termo<br />

“mestre”, ou seja, o pastor é mestre. Esta associação sugere que a principal<br />

responsabilidade <strong>do</strong> pastor é a de ensinar, capacitar o seu rebanho.<br />

Na perspectiva paulina, o pastor e mestre deve ser “apto para ensinar”<br />

(1Tm 3.2, 4.11; 5.17; 6.2; 2Tm 2.24; Tt 1.9). Com isto, Paulo estabelece que<br />

to<strong>do</strong> pastor deve ser capaz de conservar e defender as principais <strong>do</strong>utrinas da<br />

fé cristã. O pastor deve ser hábil em defender a sua fé diante das controvérsias,<br />

repudian<strong>do</strong> o erro e ensinan<strong>do</strong> a verdade àqueles que estão na dúvida: “Ora, é<br />

necessário que o servo <strong>do</strong> Senhor não viva a contender, e sim deve ser bran<strong>do</strong><br />

para com to<strong>do</strong>s, apto para instruir, paciente” (2Tm 2.24).<br />

O pastor, na sua função como discipula<strong>do</strong>r, mestre, educa<strong>do</strong>r e conselheiro,<br />

“deve ser capaz de encorajar outros pela sã <strong>do</strong>utrina e de refutar os que<br />

se opõem a ela”. 23 Em outro senti<strong>do</strong>, também podemos entender o que Paulo<br />

queria dizer com “ser apto para ensinar” – significa dizer que o presbítero<br />

deve “sair da sala <strong>do</strong> conselho” 24 e começar a andar no meio <strong>do</strong> rebanho,<br />

atento às suas necessidades, consolan<strong>do</strong> os aflitos, encorajan<strong>do</strong> os desanima<strong>do</strong>s,<br />

aconselhan<strong>do</strong>-os em suas dúvidas, exortan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> estiverem no erro,<br />

fazen<strong>do</strong> discípulos, etc.<br />

Por último, vale a pena fazer referência ao testemunho <strong>do</strong> pastor menonita<br />

John Drescher, em sua obra Se Eu Começasse Meu Ministério de Novo.<br />

Ele disse:<br />

Como muitos ministros, comecei supon<strong>do</strong> que o trabalho da igreja era minha<br />

responsabilidade. Mas, que desafio e alívio tive quan<strong>do</strong> percebi que meu chama<strong>do</strong><br />

era para equipar cada crente a viver a vida de Cristo e a fazer o trabalho<br />

de Cristo no mun<strong>do</strong>, exatamente onde cada um vivia! Hoje eu preferiria ser o<br />

pastor de uma dúzia de pessoas que estão sen<strong>do</strong> equipadas e ativas em to<strong>do</strong>s os<br />

tipos de serviço <strong>do</strong> que ser pastor de mil pessoas que enchem os bancos da igreja,<br />

mas que têm pouca ideia <strong>do</strong> que significa funcionar como Corpo de Cristo. 25<br />

Conclusão<br />

Podemos pensar em algumas das maneiras pelas quais o pastor pode cumprir<br />

a sua tarefa de discipular. Ele pode fazer uso <strong>do</strong> discipula<strong>do</strong> pessoal. Nesse<br />

esforço, o discipula<strong>do</strong> é desenvolvi<strong>do</strong> em um relacionamento comprometi<strong>do</strong> e<br />

pessoal entre o líder (discipula<strong>do</strong>r) e seu lidera<strong>do</strong> (discípulo). Outra maneira<br />

seria o discipula<strong>do</strong> em grupo. Trata-se de uma reunião semanal na qual o líder<br />

23 WILSON, Geofrey B. As epístolas pastorais. São Paulo: PES, 2004, p. 170.<br />

24 Este é o título <strong>do</strong> primeiro capítulo <strong>do</strong> livro de John Sittema, Coração de Pastor, publica<strong>do</strong> pela<br />

Editora Cultura Cristã.<br />

25 DREScher, John M. Se eu começasse meu ministério de novo. São Paulo: Editora Cristã<br />

Unida, 1997, p. 51.<br />

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