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NOTAS DE IMPRENSA<br />
Em declarações à Lusa, o porta-<br />
-voz da PGR, Álvaro João, explicou<br />
que, tendo em conta a imunidade<br />
de que o ex chefe de Estado angolano<br />
goza por ser igualmente membro<br />
do Conselho da República, a notificação<br />
deveria ter sido enviada e<br />
assinada pelo Procurador-Geral da<br />
República ou pelo vice-procurador.<br />
“<br />
Ex-Presidente ainda<br />
poderá ser ouvido - Segundo<br />
a nota, o funcionário<br />
da DNIAP, ao notificar José<br />
Eduardo dos Santos, que<br />
foi Presidente de Angola<br />
38 anos, "não teve em conta<br />
a qualidade da pessoa<br />
notificada<br />
"O costume português é deixar-se<br />
tudo em palavras mas palavras que<br />
são bolas de sabão deitadas ao ar para<br />
distrair pequeninos de seis anos"<br />
- Florbela Espanca<br />
“<br />
"Quando são essas entidades<br />
pode pedir-se a elas que marquem<br />
a hora, o local e o oficial desloca-<br />
-se para a sua audição", esclareceu<br />
Álvaro João.<br />
De acordo com o porta-voz, há<br />
necessidade de se ouvir o ex-chefe<br />
de Estado angolano "por conta<br />
dos vários processos em curso,<br />
em que muitos dos arguidos para<br />
a sua defesa dizem ter recebido<br />
ordens" do antigo Presidente. "É<br />
muito importante que se faça isso<br />
(ouvi-lo) porque muitos mesmo<br />
tendo recebido ordens, podem ter<br />
extravasado e agora atiram culpas",<br />
acrescentou Álvaro João.<br />
Agência Lusa | Deutsche Welle<br />
BOCAS SOLTAS<br />
"Tristeza, muitos monólogos, conversas inacabadas e perguntas sem respostas<br />
marcaram o dia de ontem, dos Palancas Negras, no Hotel Tolip Al Forsan<br />
Resort, a “República das Selecções” em Ismailia, que deixou de contar com<br />
a presença de Angola na disputa da 32ª edição da Taça de África das Nações<br />
em futebol, cujo título será decidido no dia 19, no Estádio Internacional do<br />
Cairo. O dia a seguir “day after” à eliminação dos Palancas Negras, frente às<br />
Águias do Mali, face à derrota (0-1), na conclusão do Grupo E, foi de lamentos<br />
e acusações. Nas conversas, à mesa do pequeno-almoço e no hall do hotel,<br />
questionou-se a falha da estratégia virada para a vitória, porque o empate<br />
apurava os dois países para os oitavos-de-final, enquanto outros defendiam<br />
que o ambiente criado à volta da Selecção Nacional, antes do jogo com a Mauritânia,<br />
fez ruir o que restava da estrutura do grupo"- Foi assim que o correspondente<br />
do Jornal de Angola,no Egipto, Honorato Carlos Silva,descreveu o<br />
estado d'alma dos Palancas Negras, acabados de ser eliminados do CAN. Por<br />
cá, o desalento da maioria dos cidadãos não foi diferente e desabaram, cada<br />
um à sua maneira:<br />
....................................................<br />
" Com tanta desorganização dos dirigentes do nosso futebol não se esperava outro<br />
resultado. Infelizmente, os culpados de mais um descalabro da nossa selecção<br />
nacional de futebol não irão reconhecer os erros. Vão deixar de fazer o que, por<br />
exemplo, se faz noutras partes do mundo: demitir-se dos cargos e assumir as suas<br />
responsabilidades"<br />
....................................................<br />
"O que me afigura mais constrangedor é o facto de os atletas continuarem a acreditar<br />
em algumas promessas, pois várias vezes acontece a mesma coisa. É que os<br />
que detêm a liderança dos processos administrativos e financeiros pecam por um<br />
defeito:não cumprem e, pior ainda, não há ninguém neste país que os faça desaparecer<br />
do mundo do futebol de alta competição"<br />
....................................................<br />
"A imprensa sempre avisou que com uma competição interna tão pobre e mal organizada,<br />
as nossas representações nacionais raramente irão longe. E quando se<br />
alcança algum feito extraordinário ou é por acaso ou é porque Deus ainda sente<br />
pena de nós.Depois de mais esta eliminação, mais umas conversas e tudo voltará à<br />
normalidade: temos um futebol deorganizado!"<br />
....................................................<br />
"Eu prefiro esquecer o que se passou fora do campo, nos bastidores das discórdias,<br />
dos boatos e da irresponsabilidade . Não me interessa recordar o que se passou<br />
fora das quatro linhas, porque dentro delas, vimos uns rapazes a dar tudo pela<br />
nossa bandeira nacional e penso mesmo que, mais do que ninguém, eles queriam<br />
chegar o mais longe possível. Mas , como sempre, há quem lidera estas coisas do<br />
futebol com olho no dinheiro e esquecem-se que para obtê-lo é preciso trabalhar<br />
bem, com honestidade intelectual!"<br />
....................................................<br />
"Bom, eu não vou nesta conversa que a Federação ou o Ministério da Juventude e<br />
Desportos não tenham assumido as suas responsabilidades a tempo e horas, no<br />
que diz respeito aos pagamentos devidos aos atletas, quer na fase da preparação<br />
como competitiva. Porquê? Porque , para mim, os culpados foram os jogadores e<br />
a equipa técnica, pois se não viajassem para o estágio ou para a competição, nada<br />
disto aconteceria... E matavam logo o problema pela raiz".<br />
Figuras&Negócios - Nº 202 - JUlHO 2019 13