F&N202
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DESTAQUE<br />
8<br />
- Esta consciência crítica contundente<br />
da minha parte, não<br />
inibe pois que mesmo nessas<br />
conjunturas tão adversas de choque<br />
e terapia neoliberal e suas transversalidades<br />
minando o poder e a sociedade,<br />
disseminando alienação, caos,<br />
terrorismo, confusão, ou desagregação,<br />
deixasse de em Angola ser dever<br />
patriótico, em nome dos direitos<br />
fundamentais a que me refiro e não<br />
dos “direitos humanos” produzidos<br />
por deliberadas correntes de guerra<br />
psicológica, defender o estado angolano<br />
de planos subversivos ainda<br />
maiores, que se pudessem tornar<br />
ainda mais nocivos para esse estado,<br />
para a identidade nacional e para o<br />
povo angolano enquanto dilecto alvo<br />
e vítima da devassa dum deliberado<br />
caminho neocolonial!<br />
Defender o poder dum jovem estado<br />
de pouco mais de 40 anos nessas<br />
condições, obriga à sublimação<br />
da consciência crítica, mas não inibe<br />
a capacidade de se aprender com os<br />
próprios erros e saber apontá-los<br />
com pedagogia, tendo em conta as<br />
decisões erróneas sob a aparência de<br />
legítimas ou mesmo de legais, algo<br />
que foi consumado a partir de sucessivas<br />
transversalidades induzidas<br />
a ponto de se tornar opção contra a<br />
natureza do próprio estado, que acabou<br />
por ser cada vez mais alienado<br />
de si próprio em proveito de arrojadas<br />
máfias carregadas de ambição!<br />
Não inibe também e portanto a<br />
permanente necessidade pedagógica<br />
de voltar-se a respeitar o estado angolano<br />
à altura dos direitos fundamentais<br />
que lhe assistem enquanto fiel<br />
depositários dos interesses e aspirações<br />
do povo angolano e a capacidade<br />
para o revitalizar, relativizando para<br />
não cairem mais armadilhas, quer de<br />
inconsistentes alienações e ilusões,<br />
quer de propositadas e oportunistas<br />
ingerências, manipulações ou mesmo<br />
de injectadas radicalizações.<br />
9<br />
- Sob o olhar silencioso e substantivo<br />
de Neto, conforme ao cerimonial<br />
crucial em solo cubano,<br />
o terceiro Presidente de Angola lança<br />
a pedra dum saudável reencontro com<br />
a história, autêntica prova de vida para<br />
angolanos e para a irmandade entre<br />
angolanos e cubanos, a começar pelo<br />
respeito que se deve às imprescindíveis<br />
relações estado a estado!<br />
Na saúde, os mercenários do mercado<br />
neoliberal além de atentarem<br />
contra a vida do seu próprio povo ao<br />
negarem a saúde como um direito<br />
humano universal porque estão condicionados<br />
pelo lucro fácil e a mais<br />
hedionda avidez capitalista, agora<br />
usam canais de comunicação que antes<br />
de tudo o mais é dever do estado<br />
angolano avaliar como foram implementados,<br />
tal como tantas clínicas e<br />
farmácias privadas e seu arsenal de<br />
equipamentos e medicamentos!<br />
O fenómeno do desvio de medicamentos<br />
do estado angolano, foi dos<br />
primeiros fenómenos nocivos vividos<br />
pela Angola independente, praticamente<br />
logo em cima do 11 de Novembro<br />
de 1975…<br />
Em Angola basta de saúde mercenária<br />
ao serviço exclusivo do mercado<br />
e os seus mentores devem ser postos<br />
imediata e claramente em cheque,<br />
devendo-se fazer toda a luz sobre este<br />
candente assunto!<br />
A história obriga a que se saiba<br />
estar à altura desse tão digno, quão<br />
lúcido, quão responsável, quão patriótico<br />
desafio, por que sem dúvida, para<br />
todos os justos por que incorruptíveis,<br />
lúcida e convictamente, pátria é mesmo<br />
humanidade!<br />
Agostinho Neto e o ex-líder cubano Fidel Castro, ambos já falecidos<br />
In página Global.<br />
Figuras&Negócios - Nº 202 - JUlHO 2019 53