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MUNDIAL DE HÓQUEI EM PATINS<br />
ANGOLA FALHA<br />
META EM ESPANHA<br />
. Depois de 10 anos de brilho, João Pinto deixa a selecção nacional<br />
Angola adiou para 2021 o<br />
sonho de poder terminar<br />
acima do quinto lugar num<br />
campeonato do Mundo de<br />
Hóquei em Patins, depois<br />
de, desta vez em Barcelona,<br />
Espanha, quedar-se na sexta<br />
posição da prova, baixando<br />
um lugar em relação à prova<br />
de 2017, decorrido em Nanjing<br />
(China), em que obteve<br />
o inédito quinto lugar<br />
O<br />
próximo campeonato,<br />
dentro de dois anos,<br />
acontece nas cidades<br />
argentinas de Buenos<br />
Aires, Vicente López e<br />
San Juan, palcos onde<br />
a selecção angolana deverá superar<br />
as falhas registadas em Barcelona.<br />
Foi diante da Itália, já nas classificativas<br />
do quinto e sexto lugares, que<br />
o combinado nacional se viu relegado<br />
para este posto, ao perder, por 4-6.<br />
A Itália foi justamente a adversária<br />
que venceu Angola no primeiro jogo,<br />
(grupo A), por 5-4.<br />
Angola acabava de , mais uma vez,<br />
não levar a melhor sobre uma Itália<br />
que ainda em Março deste ano foi derrotada<br />
por si no Torneio de Montreux,<br />
na Suíça, por expressivos 1-7. No jogo<br />
seguinte, Angola cilindrou Moçambique,<br />
por 6-1, e qualificou-se para os<br />
quartos-de-final, mas, na terceira contenda,<br />
já frente à toda poderosa Argentina,<br />
perdeu por 6-0, tendo, assim,<br />
sido remetida para as classificativas<br />
do 5º ao 8º posto. Depois Angola conseguiu<br />
vencer o Chile, por 7-4, após<br />
prolongamento, o que abriu a possibilidade<br />
de lutar para a manutenção da<br />
quinta posição da edição transacta.<br />
Apesar de ter baixado um lugar<br />
em relação à prestação anterior, pode-<br />
-se considerar que a participação de<br />
Angola foi positiva, pois o sexto lugar<br />
foi logrado em condições extremas.<br />
Tratou-se de um mundial, diferente<br />
dos outros nos moldes de disputa, o<br />
que influenciou a prestação angolana,<br />
porque, nos outros, houve dias de descanso,<br />
mas neste não.<br />
Desde o jogo com a Argentina,<br />
nos quartos, que os jogadores já não<br />
tinham pernas para andar e, a partir<br />
daí, foi um esforço sobrenatural para<br />
suportar os jogos que restavam.<br />
Ademais, Angola ficou inserida e<br />
jogou "num grupo complicado" com a<br />
Espanha, Itália e a França. A Espanha<br />
era a campeã. A Itália tem jogadores<br />
que lhe permite sonhar sempre com<br />
a intromissão na luta pelo título e a<br />
França é sempre muito poderosa.<br />
Fernando Falé que em 2017 regressou<br />
ao comando da selecção angolana,<br />
a qual conduziu aos mundiais<br />
de 2005 e 2007 tem um colectivo que<br />
pode fazer melhor em 2021, altura em<br />
que a selecção já não contará com os<br />
préstimos de João Pinto, agora com<br />
32 anos, dez dos quais ao serviço da<br />
mesma.<br />
Melhor marcador de Angola na<br />
prova, e quarto na lista geral, com 9<br />
golos, João Pinto agradeceu o apoio<br />
dos colegas, treinadores e dirigentes<br />
ao longo do tempo que serviu ao país<br />
na selecção.O atleta prometeu ajudar,<br />
sempre que for chamado para tal.Note-se<br />
que, na época passada, chegou<br />
à campeão europeu pelo Sporting de<br />
Portugal. Entretanto, deixará este ano<br />
a equipa lusa, para juntar-se aos italianos<br />
do Lodi. (A.F.)<br />
66 Figuras&Negócios - Nº 202 - JUlHO 2019