F&N202
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DESTAQUE<br />
municação pública de Luanda, que<br />
recorrendo ao populismo e a manipulações<br />
sustentadas por máfias,<br />
alegadamente em nome do povo<br />
angolano procuram ainda subverter<br />
com seus argumentos as decisões do<br />
estado que começou a assumir inequivocamente<br />
a luta contra a corrupção<br />
e procura saídas salutares para<br />
suas opções de vida social?...<br />
dido com rigor, com probidade, com<br />
honestidade, com dignidade, com sabedoria,<br />
com vital segurança…<br />
6<br />
- Assim esta visita de estado do<br />
terceiro Presidente angolano<br />
a Cuba irmã de África, a Cuba<br />
irmã de Angola, uma visita assumida<br />
como uma autêntica prova de vida<br />
transatlântica sob o olhar silencioso<br />
João Manuel Gonçalves Lourenço entregou, em nome do seu povo e seu partido, a Ordem<br />
Agostinho Neto ao primeiro secretário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba,<br />
general-de-exército Raul Castro Ruz<br />
5<br />
- Em cima da visita de estado<br />
do Presidente João Manuel<br />
Gonçalves Lourenço a Cuba,<br />
as relações de irmandade entre os<br />
dois povos, angolano e cubano, estão<br />
por esses meios a ser postos em<br />
causa nas relações estado a estado<br />
em função das decisões que estão a<br />
ser tomadas em especial no âmbito<br />
da saúde!<br />
Os que assim fazem perderam-se<br />
mesmo num exercício que, de tantas<br />
reinterpretadas alienações e ilusões,<br />
deixaram de facto de considerar que<br />
o estado é apenas o fiel depositário<br />
dos interesses e das legítimas aspirações<br />
do povo e, recusando-se a<br />
respeitá-lo como tal por via de argumentações<br />
de conveniência, pretendem<br />
esconder que deixaram de há<br />
33 anos a esta parte de o ter defende<br />
Neto, vem pôr em causa o hiato<br />
que foi sendo produzido paulatinamente<br />
em todas as transversalidades<br />
da sociedade angolana de há mais de<br />
33 anos a esta parte, quando o estado<br />
deixou paulatinamente de merecer<br />
o respeito que outros interesses<br />
e conveniências quiseram subverter<br />
com as tão ambíguas quão assimiláveis<br />
cumplicidades locais, “em crescendo”…<br />
Se o fim do “apartheid”, precisamente<br />
na altura do colapso do socialismo<br />
na Europa do Leste e URSS,<br />
foi um sinal para o poder dominante<br />
ideologicamente adormecer os<br />
africanos (os angolanos incluídos)<br />
e tornar possível o choque neoliberal<br />
que provocou a “Iª Guerra Mundial<br />
Africana”, na sequência aliás<br />
dos impactos previamente criados<br />
sobre a região dos Grandes Lagos e<br />
sobretudo sobre o Ruanda, a terapia<br />
neoliberal que se lhe seguiu, tirando<br />
partido do desastre e do torpor colectivos,<br />
motivou em Angola o desrespeito<br />
pelo estado de tal forma que<br />
a corrupção se tornou cancerígena a<br />
ele, contagiando em doses cada vez<br />
mais intensas a sociedade, algo que<br />
continua a ser sustentado por via<br />
de meios em relação aos quais é urgente<br />
saber como foram realmente<br />
financiados, montados e o que neste<br />
momento de facto representam!<br />
Este já começa a ser um fenómeno<br />
que se vai aproximando do<br />
que aconteceu no Brasil com as<br />
motivações subjacentes à eleição<br />
cavernícola de Bolsonaro e quando<br />
previamente foi afastada Dilma e<br />
conduzido à prisão Lula!...<br />
7<br />
- A riqueza derivada de processos<br />
endémicos de corrupção<br />
em torno do poder<br />
chegou a ser a outra face da mesma<br />
moeda de ideologias injectadas por<br />
pseudorrevolucionários, práticos<br />
de “coloridas primaveras” a sul do<br />
Equador, que tiveram o condão de<br />
pretensamente atacar o poder de<br />
forma oportunista e seguindo cartilhas<br />
de guerra psicológica ao sabor<br />
de Gene Sharp, de George Soros e de<br />
outros “filósofos”projectores das manipulações<br />
ao serviço do poder global<br />
arrogantemente dominante!<br />
Em relação a uns e a outros, os<br />
justos não se podem equivocar, por<br />
que essa moeda, com essas duas faces,<br />
jamais os puderam comprar, enganar,<br />
corromper, ou subverter!<br />
Por essa altura defendi o poder angolano<br />
em função dos direitos fundamentais,<br />
mas nem por isso me deixei<br />
enganar, ou enredar pelos equívocos!<br />
Há quem, no âmbito do poder dominante<br />
e nesses termos, queira entre<br />
os africanos reinterpretar por via de<br />
sucessivas práticas de conspiração, a<br />
Conferência de Berlim em pleno século<br />
XXI e África até já começou a ser<br />
vulnerável e sangrentamente redesenhada<br />
em função dessas correntes<br />
avassaladas!...<br />
52 Figuras&Negócios - Nº 202 - JUlHO 2019