26.08.2019 Views

F&N202

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DESTAQUE<br />

municação pública de Luanda, que<br />

recorrendo ao populismo e a manipulações<br />

sustentadas por máfias,<br />

alegadamente em nome do povo<br />

angolano procuram ainda subverter<br />

com seus argumentos as decisões do<br />

estado que começou a assumir inequivocamente<br />

a luta contra a corrupção<br />

e procura saídas salutares para<br />

suas opções de vida social?...<br />

dido com rigor, com probidade, com<br />

honestidade, com dignidade, com sabedoria,<br />

com vital segurança…<br />

6<br />

- Assim esta visita de estado do<br />

terceiro Presidente angolano<br />

a Cuba irmã de África, a Cuba<br />

irmã de Angola, uma visita assumida<br />

como uma autêntica prova de vida<br />

transatlântica sob o olhar silencioso<br />

João Manuel Gonçalves Lourenço entregou, em nome do seu povo e seu partido, a Ordem<br />

Agostinho Neto ao primeiro secretário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba,<br />

general-de-exército Raul Castro Ruz<br />

5<br />

- Em cima da visita de estado<br />

do Presidente João Manuel<br />

Gonçalves Lourenço a Cuba,<br />

as relações de irmandade entre os<br />

dois povos, angolano e cubano, estão<br />

por esses meios a ser postos em<br />

causa nas relações estado a estado<br />

em função das decisões que estão a<br />

ser tomadas em especial no âmbito<br />

da saúde!<br />

Os que assim fazem perderam-se<br />

mesmo num exercício que, de tantas<br />

reinterpretadas alienações e ilusões,<br />

deixaram de facto de considerar que<br />

o estado é apenas o fiel depositário<br />

dos interesses e das legítimas aspirações<br />

do povo e, recusando-se a<br />

respeitá-lo como tal por via de argumentações<br />

de conveniência, pretendem<br />

esconder que deixaram de há<br />

33 anos a esta parte de o ter defende<br />

Neto, vem pôr em causa o hiato<br />

que foi sendo produzido paulatinamente<br />

em todas as transversalidades<br />

da sociedade angolana de há mais de<br />

33 anos a esta parte, quando o estado<br />

deixou paulatinamente de merecer<br />

o respeito que outros interesses<br />

e conveniências quiseram subverter<br />

com as tão ambíguas quão assimiláveis<br />

cumplicidades locais, “em crescendo”…<br />

Se o fim do “apartheid”, precisamente<br />

na altura do colapso do socialismo<br />

na Europa do Leste e URSS,<br />

foi um sinal para o poder dominante<br />

ideologicamente adormecer os<br />

africanos (os angolanos incluídos)<br />

e tornar possível o choque neoliberal<br />

que provocou a “Iª Guerra Mundial<br />

Africana”, na sequência aliás<br />

dos impactos previamente criados<br />

sobre a região dos Grandes Lagos e<br />

sobretudo sobre o Ruanda, a terapia<br />

neoliberal que se lhe seguiu, tirando<br />

partido do desastre e do torpor colectivos,<br />

motivou em Angola o desrespeito<br />

pelo estado de tal forma que<br />

a corrupção se tornou cancerígena a<br />

ele, contagiando em doses cada vez<br />

mais intensas a sociedade, algo que<br />

continua a ser sustentado por via<br />

de meios em relação aos quais é urgente<br />

saber como foram realmente<br />

financiados, montados e o que neste<br />

momento de facto representam!<br />

Este já começa a ser um fenómeno<br />

que se vai aproximando do<br />

que aconteceu no Brasil com as<br />

motivações subjacentes à eleição<br />

cavernícola de Bolsonaro e quando<br />

previamente foi afastada Dilma e<br />

conduzido à prisão Lula!...<br />

7<br />

- A riqueza derivada de processos<br />

endémicos de corrupção<br />

em torno do poder<br />

chegou a ser a outra face da mesma<br />

moeda de ideologias injectadas por<br />

pseudorrevolucionários, práticos<br />

de “coloridas primaveras” a sul do<br />

Equador, que tiveram o condão de<br />

pretensamente atacar o poder de<br />

forma oportunista e seguindo cartilhas<br />

de guerra psicológica ao sabor<br />

de Gene Sharp, de George Soros e de<br />

outros “filósofos”projectores das manipulações<br />

ao serviço do poder global<br />

arrogantemente dominante!<br />

Em relação a uns e a outros, os<br />

justos não se podem equivocar, por<br />

que essa moeda, com essas duas faces,<br />

jamais os puderam comprar, enganar,<br />

corromper, ou subverter!<br />

Por essa altura defendi o poder angolano<br />

em função dos direitos fundamentais,<br />

mas nem por isso me deixei<br />

enganar, ou enredar pelos equívocos!<br />

Há quem, no âmbito do poder dominante<br />

e nesses termos, queira entre<br />

os africanos reinterpretar por via de<br />

sucessivas práticas de conspiração, a<br />

Conferência de Berlim em pleno século<br />

XXI e África até já começou a ser<br />

vulnerável e sangrentamente redesenhada<br />

em função dessas correntes<br />

avassaladas!...<br />

52 Figuras&Negócios - Nº 202 - JUlHO 2019

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!