06.09.2020 Views

LIVRO A AGONIA DE JESUS NO GETSEMANI

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

JOSÉ MÁRCIO LACERDA

Por vezes também eram utilizados bastões ou varas. Para a

prática da flagelação, o homem era despido das suas roupas e, em

seguida, amarrado a um poste vertical (fig. 2).As costas, nádegas e

pernas da vítima eram açoitadas quer por dois soldados (os lictores),

quer por apenas um, que alternava de posição.A dureza do castigo

infligido dependia unicamente da vontade e disposição dos lictores,

pretendendo-se, assim, enfraquece a vítima até um estado muito

próximo do colapso da morte. Após a flagelação, os soldados

insultavam frequentemente as suas vítimas.

Aspectos Médicos da Flagelação

À medida que os soldados romanos chicoteavam,

repetidamente e com todas as suas forças, as costas da vítima, as

esferas de ferro causavam contusões profundas e, simultaneamente,

as tiras de couro e fragmentos de osso rasgavam a pele e tecidos

subcutâneos. Em seguida, com a continuação do açoitamento, as

lacerações penetravam nos músculos subjacentes e provocavam faixas

trementes de carne viva.

Crucificação

A prática da crucificação teve origem, presumivelmente,

entre os persas. Alexandre, o Grande, introduziu-a no Egito e em

Cartago, tendo os romanos tomado conhecimento dela através dos

cartagineses. Todavia, embora os romanos não tivessem inventado a

crucificação, aperfeiçoaram a sua técnica, como forma de tortura e

castigo capital, que se destinava a provocar morte lenta, acompanhada

do máximo de sofrimento e dor.Com efeito, tratava-se de um dos

métodos de execução mais infames e cruéis, sendo geralmente

reservados apenas para os escravos, estrangeiros, revolucionários e

para os criminosos mais vis e desprezíveis.Por sua vez e segundo o

138

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!