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LIVRO A AGONIA DE JESUS NO GETSEMANI

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AGONIA DE JESUS NO GETSÊMANI

É necessário agora realizar uma série de raciocínios

(chamados considerações médico- legais) antes de concluir com as

circunstâncias da morte. Começamos constatando que não foram

descritas lesões mortais, ou seja, aquelas que por afetar um órgão ou

função vital, são causa imediata e fundamental de morte. Tudo isso

nos leva a considerar a morte de Jesus de Nazaré como o resultado de

um longo processo agônico.

Das nove da noite da quinta-feira 12 (ao acabar a Última

Ceia e ser detido) até as três da tarde da sexta-feira 13 em que morreu,

transcorrem um total de 18 horas. Desde o momento de sua

detenção, parece que não ingeriu nenhum tipo de alimento ou

líquido. Os castigos (exceto a paulada propiciada por um criado de

Caifás pouco depois de sua detenção) começaram por volta das sete

da manhã de sexta-feira, por isso, até o momento da morte

transcorrem umas oito horas.As outras lesões procedem da

flagelação, e são múltiplas chicotadas no peito e nas costas. Estas

lesões provocam hemorragias que em princípio não têm por que ser

muito profusas por não serem profundas e, portanto, não afetarem

grandes artérias e veias.

Entretanto, por ser em uma extensão muito ampla do corpo

(peito e costas) a perda sangüínea vai-se acumulando e pode ser

significativa, podendo produzir (ao longo das mais de oito horas de

castigo) a perda de um ou dois litros de sangue e plasma

(sinceramente não acreditamos que se pudesse perder mais, já que

essas lesões em vasos de diâmetro pequeno e médio tendem a fecharse

por si mesmas).

Uma hemorragia produz uma perda do volume de sangue

(que se denomina volemia), por isso a perda de sangue se chama

hipovolemia. Uma grande hipovolemia origina uma crise ou choque

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