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LIVRO A AGONIA DE JESUS NO GETSEMANI

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JOSÉ MÁRCIO LACERDA

por todos os homens em geral, Ele faz de uma maneira especial pelos

crentes.

E. II Pedro 2:1. A palavra desta passagem para o Senhor

não é “Kurios”, a qual é usada tanto de Deus ou de Cristo; mas é

“despotes”, a qual nunca se usa de Cristo. Daí ser a referência a Deus.

Pedro escreveu especialmente aos judeus. Sem duvida os falsos

mestres também eram judeus. E em Deuteronômio 32:6 explica

como o Senhor os comprara. Aqui se diz ter Deus comprado toda a

nação judaica porque Ele os livrou do Egito.

1. A Expiação não era necessária

Alguns teólogos, principalmente na idade média, negaram a

necessidade da expiação. Para eles a morte substitutiva de Cristo foi

fruto de uma decisão arbitrária de Deus. Para Duns Scotus, por

exemplo, Deus poderia ter aceitado qualquer outro substituto ou até

ter redimido seu povo sem nenhuma obra de satisfação. Hugo

Grócio, responsável pela teoria governamental da expiação (veremos

no próximo post) seguiu a mesma linha de pensamento, dizendo que

a cruz foi apenas uma demonstração moral do ódio que Deus tinha

pelo pecado, o que poderia ser feito de outra maneira. A teologia

liberal moderna também defende esse ponto de vista. Para o liberais,

influenciados por Schleiemacher, a cruz não tinha um poder judicial,

mas apenas moral, para influenciar o homem ao arrependimento e

salvação. Assim, negavam também a necessidade da expiação.

2. A Expiação era hipoteticamente

necessária.

Grandes teólogos como Atanásio, Agostinho, Tomás de

Aquino e até Lutero e Calvino defenderam a posição de que, pelo

decreto divino, a expiação se tornou necessária. Em outras palavras,

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