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LIVRO A AGONIA DE JESUS NO GETSEMANI

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JOSÉ MÁRCIO LACERDA

A teoria de uma expiação geral não satisfaz a justiça mais do

que a teoria governamental. Na morte de Cristo, segundo a teoria de

uma expiação geral, temos apenas uma exibição cênica da ira de Deus

contra o pecado; então Deus aplica, à vontade, os benefícios disto a

quem queira. Noutras palavras, em vista do que Cristo fez, Deus

relaxa a justiça rigorosa e salva uma multidão incontável de pecadores

que mereciam o inferno, para os quais a justiça não foi atualmente

satisfeita. De modo que, em vez de a morte de Cristo proporcionar a

Deus o meio de ser justo e ao mesmo tempo salvar pecadores

crentes, O habilitar a relaxar Sua justiça.

A única maneira de escapar desta última proposição é

considerar o arrependimento, a fé e a obediência dos que se salvam

como completando o que está faltando na morte de Cristo. Os

arminianos podem dizer isto (contudo alguns deles não consideram

arrependimento, fé e obediência como sendo meritórios na salvação),

mas outros não podem sem render sua crença na salvação como

sendo inteiramente da graça de Deus.

Alguns podem tentar escapar ao dilema estabelecido no

primeiro parágrafo sob esta epígrafe por afirmarem que Cristo sofreu

atualmente pelos pecados de todos os homens e que os perdidos no

inferno sofrerão apenas pelo pecado de incredulidade continuada.

Diversas coisas podiam ser ditas em refutação

desta idéia.

(1) Deixa o pagão que não ouviu o Evangelho sem

sofrer nada no inferno, porque nenhum homem pode ser acusado

justamente por não crer em um de quem nunca ouviu falar. Romanos

10:14. Que Deus não acusará aqueles que nunca ouvem o Evangelho

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