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LIVRO A AGONIA DE JESUS NO GETSEMANI

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AGONIA DE JESUS NO GETSÊMANI

poderia haver outro modo, mas Deus soberanamente escolheu e

decretou que esse seria o único meio de salvação. Berkhof cita o

grande reformador: “Diz Calvino: Interessava-nos profundamente

que aquele que havia de ser o nosso mediador, fosse

verdadeiramente

Deus e verdadeiramente homem. Se se indagasse sobre a

necessidade, esta não era o que comumente se chama necessidade

simples e absoluta, mas, sim, a que fluiu do decreto divino, do qual

dependia a salvação do homem. O que era melhor para nós, nosso

misericordioso Pai determinou.” (Berkhof, 2012, pag 339)

3. A expiação era absolutamente necessária.

Essa reposta foi dada por Irineu na igreja primitiva e por

Anselmo na idade média. A teologia reformada e suas confissões

deram preferência a ideia de que não havia nenhum outro jeito pelo

qual Deus poderia perdoar os pecados dos seus eleitos. Aqui John

Murray faz uma observação importante. Ele adiciona o termo

“consequente” para explicar que a morte de cristo se fez necessária

pelo anterior decreto de salvação de Deus. Ou seja, Deus não tem a

necessidade absoluta de salvar qualquer homem que seja, mas a morte

de Cristo se tornou absolutamente necessária para a salvação que

Deus, eternamente, escolheu promover.

Murray explica:

A palavra consequente aponta para o fato de que a vontade

ou decreto de Deus para alguns resulta de sua livre e soberana graça.

Salvar homens perdidos não era necessidade absoluta, mas bondade

soberana de Deus. (Murray, 2010, pag 13)

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