Revista dos Pneus 73
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Balanço do ano 2023<br />
distância de um portátil ou de um smartphone. Os<br />
consumidores são cada vez mais bem informa<strong>dos</strong> e<br />
atentos. A procura online de informação é uma realidade<br />
em to<strong>dos</strong> os setores e nos pneus não é diferente.<br />
“Existe, efetivamente, espaço para estes sites<br />
crescerem, contudo, a capacidade de conversão em<br />
vendas é ainda baixa pela conveniência do serviço.<br />
Vamos continuar a acompanhar a evolução, mas o<br />
digital é uma realidade incontornável. As empresas<br />
necessitam de acompanhar a evolução do mercado<br />
e a presença omnicanal é uma realidade com uma<br />
expressão cada vez mais efetiva. As empresas com<br />
presença omnicanal, isto é, com presença física e digital,<br />
já estão naturalmente preparadas. As empresas<br />
digitais sem extensão física, ou as empresas com estabelecimento<br />
físico sem extensão digital, vão sentir<br />
necessidade de evoluir de forma orgânica ou através<br />
de parcerias. Acredito que as oficinas vão certamente<br />
encontrar formas de incorporar esta realidade no seu<br />
modelo de negócio, porque o digital veio para ficar”,<br />
assegura Nuno Rebelo.<br />
Num ambiente em que a mudança é uma constante<br />
e cada vez mais rápida, as fórmulas de sucesso passado<br />
não garantem o sucesso futuro. Hoje, mais do<br />
que nunca, um consumidor tem acesso à informação<br />
de forma fácil e rápida. Perceber como acrescentar<br />
valor ao consumidor é imperativo para o sucesso<br />
do negócio. Para acompanhar a evolução do setor e<br />
acrescentar valor ao consumidor será cada vez mais<br />
determinante dominar competências de gestão, gestão<br />
de stocks, gestão de Recursos Humanos; dominar a<br />
informação técnica relevante e apostar em formação<br />
para se manter atualizado; ter conhecimentos de marketing<br />
digital; focar no consumidor e na qualidade de<br />
serviço; estar atento às tendências e ser ágil.<br />
A sensibilização <strong>dos</strong> automobilistas é uma responsabilidade<br />
global de to<strong>dos</strong> os agentes envolvi<strong>dos</strong><br />
porque o pneu, sendo o único ponto de contato entre<br />
a viatura e o solo, é de facto um elemento fundamental<br />
para segurança rodoviária. “As entidades<br />
governativas e associações devem promover ações<br />
de sensibilização e informação. As entidades fiscalizadoras<br />
devem ter um papel interventivo e didático.<br />
Os fabricantes e os distribuidores devem ser claros<br />
sobre as características <strong>dos</strong> seus produtos e formar<br />
os seus clientes. Os revendedores devem esclarecer<br />
convenientemente os consumidores. Os meios<br />
de comunicação devem promover comparações objetivas<br />
relevantes. To<strong>dos</strong> devem contribuir para que<br />
os consumidores possam fazer opções de compra<br />
informadas”, salienta Nuno Rebelo.<br />
Quanto aos desafios que se vão colocar ao futuro<br />
do comércio de pneus em Portugal “De um ponto<br />
de vista estrutural teremos o aumento da complexidade,<br />
os novos conceitos de mobilidade, o acesso à<br />
informação, a gestão de RH e o comércio eletrónico.<br />
De uma forma mais imediata, a conjuntura económica<br />
atual vai manter a pressão sobre os preços.<br />
As empresas do setor beneficiarão se conseguirem<br />
promover alianças com parceiros que os possam<br />
apoiar a transformar estes desafios em oportunidades”,<br />
conclui u<br />
ara a Michelin, 2023 foi um ano vivido num<br />
P<br />
contexto complicado “Sobretudo, se falamos<br />
<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> de automóvel e de motos, os<br />
consumidores não recuperaram totalmente a confiança,<br />
o que se fez notar, especialmente, na primeira metade<br />
do ano. A partir de maio, contudo, começamos a ver<br />
resulta<strong>dos</strong> positivos na atividade de vendas. A avaliação<br />
final vai ser positiva porque ficaremos com um<br />
mercado próximo <strong>dos</strong> números do ano passado, e com<br />
uma situação que recupera gradualmente, porque haverá<br />
uma descida da inflação.”<br />
Ao nível da evolução <strong>dos</strong> canais de venda, a Michelin<br />
considera que o canal que mais cresceu foi o do especialista<br />
de pneus. Os concessionários continuam em<br />
níveis abaixo <strong>dos</strong> que registavam antes da pandemia,<br />
devido a uma descida importante de matriculações,<br />
embora já se verifique uma ligeira recuperação, ainda<br />
há caminho a recuperar. No caso <strong>dos</strong> auto centros, com<br />
menor intensidade, mas também crescem. E verifica-se<br />
uma ligeira quebra das oficinas independentes (oficinas<br />
de mecânica).<br />
UM SEGMENTO DE OPORTUNIDADES<br />
Relativamente aos automóveis elétricos, que estão a<br />
ter uma evolução importante nos últimos tempos, como<br />
assim o confirma o aumento das matriculações deste<br />
tipo de veículos, a Michelin lembra que “ainda representam<br />
uma percentagem muito pequena do parque<br />
de veículos, não chegando a atingir 0,5%. Já têm mais<br />
peso quando se trata de veículos híbri<strong>dos</strong>, que já representa<br />
3,5% do parque. Em 2025, poderemos estar<br />
a falar de 10% do parque com motores alternativos.<br />
Por tanto, trata-se de um segmento de oportunidade<br />
para o futuro, em que há que dar mostras da inovação<br />
<strong>dos</strong> pneus para adaptarem-se a este tipo de veículos. A<br />
Michelin<br />
O foco da Michelin no futuro é na<br />
colaboração com os distribuidores<br />
Michelin já oferece pneus especificamente desenvolvi<strong>dos</strong><br />
para as características <strong>dos</strong> veículos elétricos; para<br />
mais, todas as nossas gamas de pneus são compatíveis<br />
tanto para veículos elétricos, como para híbri<strong>dos</strong>.”<br />
A digitalização é algo que veio para ficar, sobretudo em<br />
termo de pesquisa de preços, de avaliações e análises<br />
(ensaios, testes e afins) e do tipo de produto. Quanto ao<br />
e-commerce, é totalmente diferente. Aqui será sempre<br />
necessária a oficina para efetuar a montagem final.<br />
Neste aspeto, a Michelin considera que a evolução<br />
em Portugal não é tão grande, por comparação com<br />
os restantes países da Europa, mas já existem a nível<br />
nacional muitos players com acor<strong>dos</strong> com as oficinas,<br />
pagando separadamente o serviço de montagem.<br />
FOCO NA COLABORAÇÃO<br />
COM OS DISTRIBUIDORES<br />
Além de ter de continuar a insistir-se que os pneus são<br />
o único ponto de união entre o automóvel e o asfalto, e,<br />
por isso, o seu papel é determinante para a segurança<br />
rodoviária, assim como a sua correta manutenção, os<br />
condutores devem conhecer a importância que tem<br />
escolher uma marca de pneus premium. A Michelin<br />
investe mais de 690 milhões de euros por ano em<br />
I+D, o que lhe permite desenvolver pneus concebi<strong>dos</strong><br />
para oferecer um alto nível de performance até<br />
ao último quilómetro. Para o utilizador, tal traduz-se<br />
não só numa maior segurança, mas, também, numa<br />
poupança de combustível, e num contributo para uma<br />
maior sustentabilidade.<br />
O foco da Michelin no futuro é na colaboração com os<br />
distribuidores para levar-lhes a sua oferta e o seu serviço<br />
para a gestão <strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong>, ajudando-os no terreno<br />
com suporte de vendas, para que cheguem da melhor<br />
forma ao utilizador final. u<br />
A Michelin investe mais de 690 milhões<br />
de euros por ano em I+D, o que lhe<br />
permite desenvolver pneus concebi<strong>dos</strong><br />
para oferecer um alto nível de<br />
performance até ao último quilómetro<br />
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