Revista dos Pneus 73

Pedro Vassalo Lourenço
isso inscrevemos aqueles que se destacam
pelo profissionalismo na nossa rede Vulco.
Além disso, temos players de mercado que
lideram nas suas áreas de influência e são
estrategicamente importantes para ter uma
rede europeia completa que sirva as nossas
frotas, razão pela qual temos uma rede
adicional e mais ampla, que são as oficinas
TruckForce”, enfatiza.
A marca conta, atualmente, com vários armazéns
no centro da Europa que maximizam
a capacidade logística. Para dar resposta às
necessidades mais urgentes, tem também
um armazém em Espanha. Os distribuidores
beneficiam de “uma atenção pré e pós-venda
muito dedicada por parte de toda a equipa, o
que envolve auditorias, consultoria, apoio ao
desenvolvimento de negócios, promoções
exclusivas, financiamento, acesso a stocks
de segurança, entregas programadas e um
grande número de pontos adicionais que
se resumem em: Tudo o que uma grande
multinacional tem à sua disposição para os
apoiar”, ressalta o responsável. A Goodyear
facilita ainda o acesso de grandes frotas às
oficinas “com macro acordos, como os que
normalmente temos com grandes frotas europeias,
se a frota o exigir ou se tiver uma
complexidade superior à que uma oficina
(ou grupo) é capaz de proporcionar”.
Já na parte das soluções, a Goodyear procura
“converter a gestão árdua e física dos pneus
e da frota numa aplicação que forneça aos
gestores informação que antes não era possível
de forma ordenada para que possam
tomar a decisão certa no momento certo.
Além disso, as nossas soluções usam algoritmos
para prever o que vai acontecer, para que
possamos prevenir incidentes antes que eles
aconteçam”. Mas como ter “a melhor solução”
não basta, a marca tem ainda um acordo de
colaboração com a ZF e aborda os fabricantes
de veículos “para integrar as nossas soluções
com as desenvolvidas para os restantes componentes
do veículo e assim proporcionar
a melhor experiência para nossos clientes”
congratula-se o diretor comercial.
DESAFIOS PARA O FUTURO
Com a incerteza económica, o aumento dos
custos e o crescimento dos transportes, os
clientes da Goodyear enfrentam muitos
desafios que, segundo Pedro Vassalo Lourenço,
“exigirão o apoio de um parceiro
No médio e longo prazo só vemos coisas
positivas para o mercado português
edro Vassalo Lourenço nota que “após a
crise anterior, há uma década, o mercado
cresceu fortemente durante a primeira
metade da década e depois estabilizou na segunda
metade, com um crescimento em linha com o PIB.
Aí chegou 2020 com a pandemia que afetou toda a
economia por cerca de 4 meses”. O responsável da
Goodyear diz que se sentiu, a partir do final de 2020,
“uma procura bem acima dos níveis normais (boom
económico e as pessoas compravam coisas que são
transportadas em vez de gastarem o seu dinheiro
noutras coisas). Este efeito perdurou até meados de
2022, quando começamos a ver sinais de desaceleração”.
Já este ano, conta, a situação alterou-se,
com as “oficinas e as frotas a começar o ano muito
cautelosas - tendo aprendido as lições da crise anterior
- modificando o seu comportamento de compra
o que reduziu artificialmente o mercado de pneus,
mas a atividade ainda era e continua elevada, pelo
que estamos a viver uma nova estabilização em torno
dos níveis pré-pandemia”, refere.
Atualmente, as transportadoras procuram “parceiros
em quem possam confiar”, diz, explicando que
tal se traduz num parceiro “que lhes oferece um
serviço pré e pós-venda adequado com produtos de
qualidade. Boa eficiência de combustível, quilometragem,
segurança, valorização das suas carcaças
para recauchutagem, aquisição dos modelos que
melhor se adaptam ao seu negócio, garantias e
uma rede de oficinas que podem prestar serviço
em qualquer ponto de Portugal ou da Europa”, tudo
o que podem encontrar na Goodyear.
Numa altura em que ninguém quer estar associado
profissional para os ajudar a impulsionar
os seus negócios e manter os seus veículos
em movimento. Na Goodyear estamos
preparados para prestar toda a ajuda que
estiver ao nosso alcance para estas frotas
que continuam a querer ser melhores”. Por
outro lado, a médio prazo, a empresa tem
em curso a transição “para sermos o mais
sustentáveis possível, continuando a melhorar
a nossa rede de parceiros e soluções”.
O ano de 2024 será, no entender do responsável,
afetado por uma série de macrotendências
muito peculiares, “pelo que a primeira
quer à poluição, como à baixa rentabilidade, Vassalo
Lourenço defende a necessidade de “estar ao nível
e um passo à frente em termos de sustentabilidade
para competir. Elementos como a elevada eficiência
de combustível e a recauchutagem são apenas
a base disto. Temos de ser capazes de ter uma
pegada ambiental tão neutra quanto possível nos
próximos anos, com processos e materiais de fabrico
sustentáveis e soluções de eficiência e segurança
nos transportes”.
Por outro lado, o diretor comercial da Goodyear
Portugal acredita que deveria haver “ainda mais
profissionalismo” por parte dos retalhistas de pneus
para “acompanhar as exigências do setor”, até porque
“os pneus não são apenas pretos e redondos e
há muitas diferenças entre eles e como se aplicam,
gerem e acrescentam valor ao consumidor final”.
Sobre os desafios que o futuro lhes vai colocar,
Pedro Vassalo Lourenço é da opinião de que “nem
todos estão preparados, mas na verdade temos já
muitos retalhistas que lideram a vanguarda do setor,
mesmo quando comparados com a média da Europa.
O melhor prestador de serviços em 2023 a nível
europeu está em Portugal”, afirma.
Já há alguns anos que a Goodyear trabalha com o
modelo “Tyres as a Service, um modelo que acreditamos
veio para ficar e que irá revolucionar a forma
como entendemos o mercado de pneus”. Sendo
Portugal, “uma das economias que mais cresce na
Europa, ocupa um lugar muito especial no mundo.
No médio e longo prazo só podemos ver coisas
positivas para o mercado português”, antevê. u
palavra a este respeito é «incerteza». É verdade
que a economia portuguesa tem boas
previsões de crescimento para o próximo ano,
mas temos notado um abrandamento dos
negócios durante 2023 causado por conflitos
internacionais, inflação e aumento das taxas
de juro que afetam todas as empresas. No
que diz respeito aos transportes, analisamos
todos os meses com muito detalhe os índices
de consumo privado e de produção industrial,
intimamente sujeitos aos transportes,
que neste momento apresentam previsões
positivas face a 2023”, conclui. u
Há alguns anos que trabalhamos em modelos
“Tyres as a Service”, um modelo que acreditamos veio
para ficar e que irá revolucionar a forma como
entendemos o mercado de pneus
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