empreendedorismo - Anje
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Empreendedorismo<br />
Qualquer que seja o nível de competitividade actual da empresa e qualquer que seja a forma como é dirigida,<br />
a empresa deve estar sempre orientada para a mudança contínua. Perante esta realidade, que tem sido<br />
abordada com maior ênfase nos últimos anos, a Gestão da Mudança converteu-se num dos temas favoritos<br />
dos autores da área da Gestão e Direcção de Empresas. Mas não existe ainda unanimidade na delimitação<br />
deste conceito. Para alguns, a necessidade de mudança justifica-se a partir de uma massa crítica de<br />
descontentamento com a situação actual. Para outros, e este parece ser o ponto de vista com número<br />
crescente de seguidores, gerir a mudança não deve ser algo esporádico, mas sim uma função habitual nas<br />
empresas modernas.<br />
A noção de antecipação afigura-se essencial na gestão da mudança. Ser reactivo é um comportamento que<br />
normalmente não promove uma mudança. Ser reactivo afunila a gestão da informação, e consequentemente<br />
da mudança, numa única direcção. Perdem-se assim oportunidades todos os dias, ao alcance da mão.<br />
A mudança pressupõe também não apenas a adaptação mas, fundamentalmente, a transformação, a<br />
modificação de atitudes e comportamentos e a sua consolidação.<br />
É aqui que reside a diferença entre os conceitos de “single-loop learning” e “double-loop learning”, tal como<br />
apresentados por Chris Argyris. No primeiro, a aprendizagem faz-se apenas num sentido, isto é, perante<br />
um determinado facto reage-se. Na aprendizagem designada por “double-loop”, ao recolher informação do<br />
ambiente a mesma é analisada, comparada com o estado actual, trabalhada de forma a potenciar novas<br />
alternativas e oportunidades de mudança.<br />
Há ainda que ter presente que a gestão da mudança não pode ser encarada apenas como um processo<br />
eminentemente planeado, controlado, que segue um plano preestabelecido; a gestão da mudança deve ser<br />
entendida também como um processo emergente, isto é, que surge de forma não prevista, em resposta a<br />
problemas e especificidades pontuais e inesperados. As mudanças “improvisadas” assumem também um<br />
papel central na renovação organizacional.<br />
A mudança organizacional é assim simultaneamente um processo planeado, guiado pela gestão e destinado<br />
a conduzir a organização de um estado A para um estado B mais favorável (mudança planeada), mas<br />
também um processo complexo e emergente, cujos contornos se vão delineando à medida que, através<br />
da organização, as pessoas vão procurando responder aos desafios com os quais a organização vai sendo<br />
confrontada (mudança emergente).<br />
A indução da mudança na empresa: como fazê-lo?<br />
José Carlos Alvarez propõe que o processo de mudança estratégica seja conduzido em seis fases:<br />
1. Criação da equipa de gestão da mudança (Equipa de Desenvolvimento Estratégico)<br />
• Formada pelo líder e por membros da direcção da empresa (habitualmente, todos)<br />
• A sua criação representa o ponto de partida para iniciar na empresa o processo de reflexão estratégica<br />
sistemática, em equipa<br />
• Com o seu exemplo, condicionará de forma determinante o processo de mudança<br />
• A sua função é realizar a análise, concepção prévia e desenho da estratégia, até contar com um Plano<br />
Director<br />
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